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Estado de Minas

Apoio de Marina a Aécio inclui participação na campanha do tucano

Apoio de Marina a Aécio inclui agendas conjuntas, com presença em comícios e no horário na TV


postado em 13/10/2014 00:12 / atualizado em 13/10/2014 08:15

Ex-tucano e integrante da Rede, Walter Feldman foi um dos interlocutores entre Marina e Aécio(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Ex-tucano e integrante da Rede, Walter Feldman foi um dos interlocutores entre Marina e Aécio (foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Brasília – Marina Silva (PSB), que relutava no primeiro turno até mesmo em aparecer ao lado do governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), por refutar a aliança com os tucanos, está completamente integrada à campanha presidencial de Aécio Neves. Isso inclui a negociação de agendas conjuntas, como palanques e caminhadas, com a presença de ambos, algo que era rechaçado por marineiros há poucos dias. “Disseram muita coisa nos últimos dias, até mesmo que ela não vinha. Ela veio, está conosco e vai fazer campanha ao nosso lado”, comemorou um estrategista tucano.


As imagens da declaração de apoio de Marina a Aécio, dada na manhã de ontem em São Paulo, serão usadas pela campanha aecista no horário eleitoral. Outras declarações vão se tornar peça política nos próximos dias. Mas Marina não deve estar presente no primeiro debate televisivo entre os dois candidatos na TV Band, marcado para a noite de terça-feira. “Há que se ter um grande respeito pela Marina, não creio que ela vá se expor a esse ponto”, disse um aliado de Aécio.

Esse respeito que os coordenadores da campanha presidencial de Aécio afirmam que terão com Marina daqui para frente permeou todo as negociações travadas entre representantes dos dois grupos ao longo da última semana, desde que as urnas foram abertas mostrando que o segundo turno seria disputado entre Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).

O debate foi mais delicado porque envolveu programas de governo. Pessoas dos dois lados negam que tenha havido sinalizações explícitas de cargos ou adesões em um possível governo Aécio a partir de 1º de janeiro de 2015. Tudo foi feito com o intuito de conter vazamentos de informações sobre o caso. Na quarta-feira, Marina visitou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. FHC já tinha defendido que o PSDB e Marina estivessem juntos.

Ao longo da semana, especulou-se que a ex-senadora poderia, até, tornar-se ministra de Relações Exteriores depois de janeiro. E que FHC poderia ser o protagonista dessa sondagem. Os dois lados desmentiram a notícia enfaticamente. “Não se falou disso em nenhum momento. Não é assim que se dialoga e conversa com Marina”, justificou um integrante do QG aecista, sem dizer se, caso seja eleito, Aécio chamaria Marina ou integrantes da Rede para compor o primeiro escalão governamental.

INTERLOCUTORES
Os principais interlocutores nas conversas foram o ex-coordenador da campanha presidencial de Marina, Walter Feldman, e o candidato a vice na chapa do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira (SP). Eles costuraram o limite para que as propostas tucanas e do PSB fossem coincidentes. Bandeira do PSDB no primeiro turno, defendida por Aloysio durante o mandato no Senado, o debate sobre a redução da maioridade penal, foi excluída das negociações.

Aécio gostou da declaração da Rede e da Carta de Marina na quinta-feira. A ex-senadora aprovou o discurso do tucano no sábado, em Recife, elencando os pontos da proposta da socialista que ele concordava em incluir no seu programa de governo. Estava pavimentado o caminho para o casamento. Os dois noivos conversaram à noite por telefone. Marina disse sim publicamente na manhã de ontem. Para não ferir suscetibilidades, os tucanos não consideram nem mesmo paradoxal o fato de Aloysio Nunes e Fernando Henrique serem do PSDB paulista, demonizado por Marina no primeiro turno. “Segundo turno é uma outra eleição”, resumiram.

 


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