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Estado de Minas

Desafeto de Marina é o favorito para presidir PSB

Em agosto, Siqueira entrou em atrito com Marina e deixou a campanha disparando. "Não estou e não estarei em hipótese alguma na campanha desta senhora", afirmou na época


postado em 10/10/2014 10:01 / atualizado em 10/10/2014 10:20

São Paulo - Desafeto de Marina Silva no PSB, o secretário-geral da sigla e ex-coordenador da campanha de Eduardo Campos à Presidência República, Carlos Siqueira, deve assumir na segunda-feira, 13, a presidência do partido no lugar de Roberto Amaral, ex-ministro de Ciência e Tecnologia de Luiz Inácio Lula da Silva.

Amaral ficou isolado na legenda por ser contra o apoio no 2.º turno dos pessebistas a Aécio Neves, candidato do PSDB ao Planalto.

Em agosto, Siqueira entrou em atrito com Marina e deixou a campanha disparando. "Não estou e não estarei em hipótese alguma na campanha desta senhora", afirmou na época. Aliado histórico do ex-governador Eduardo Campos, morto em agosto em um acidente aéreo em São Paulo, Siqueira recebeu o apoio dos principais caciques pessebistas: o deputado Beto Albuquerque, que foi candidato a vice de Marina Silva, Márcio França, eleito vice-governador de São Paulo e presidente do PSB paulista, Renato Casagrande, governador do Espírito Santo, e de todo o diretório pernambucano da legenda.

"Eu não reivindiquei o cargo, mas essa oportunidade surgiu a partir do debate de vários companheiros nos Estados", disse ao jornal O Estado de S. Paulo Carlos Siqueira.

A nova direção do PSB, que será oficializada na segunda-feira, terá forte influência do diretório pernambucano do partido. O prefeito do Recife, Geraldo Julio, assumirá a secretaria-geral. Ele chegou a ser cotado para assumir o comando do partido, mas o colegiado de caciques pessebistas optou por Siqueira por ser um quadro mais antigo.

O senador eleito Fernando Bezerra Coelho deve permanecer na terceira vice-presidência. Já o governador eleito, Paulo Câmara, é o virtual escolhido para ocupar a primeira vice-presidência.

Rebeldes


Liderada por Roberto Amaral e pelo senador João Capiberibe, a ala do PSB contrária ao apoio ao candidato do PSDB no 2.º turno foi isolada na executiva do partido.

Entre os que defendiam a neutralidade estavam a senadora Lídice da Mata (BA), o senador Antonio Carlos Valadares (SE), o secretário de Juventude, Bruno da Mata e a deputada federal reeleita Luiza Erundina - que foi uma das principais coordenadoras da campanha presidencial Marina. Depois do partido fechar o apoio a Aécio, Erundina decidiu se afastar da direção executiva do PSB. 


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