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Estado de Minas

Horário eleitoral recomeça na TV sem ataques

As estratégias do PSDB e do PT serão de usar os 10 minutos disponíveis para cada um para enaltecer as propostas e se viabilizarem como o político capaz de promover as mudanças que os eleitores querem


postado em 09/10/2014 06:00 / atualizado em 09/10/2014 07:11

Brasília – Exatamente uma semana após a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, e o candidato do PSDB, Aécio Neves, se despedirem do horário eleitoral com discursos otimistas, que fecharam um ciclo de ataques, eles retornam hoje ao rádio e à TV com uma campanha repaginada para o segundo turno.

Em vez de alfinetadas e desconstrução explícita dos adversários, como ocorreu com a candidata do PSB, Marina Silva, derrotada no domingo, a estratégia dos dois partidos será de usar os 10 minutos disponíveis para cada um para enaltecer as propostas e se viabilizarem como o político capaz de promover as mudanças que os eleitores querem.

A mudança de estratégia pretende atrair principalmente os 22 milhões de eleitores de Marina Silva. Após a reunião de terça-feira da presidente Dilma Rousseff com coordenadores de campanha, governadores e senadores eleitos, participantes do encontro declararam que o perfil de quem vota na ex-senadora é o de quem não gosta de ataques, que prefere discutir propostas, como a reforma política, à pancadaria.

O tucano deve seguir a mesma tática da petista e adotar uma postura mais “alto astral”. O programa será leve, sem ataques muito fortes. Aécio vai reforçar que o país precisa de uma mudança e que ele é o único que pode liderar esse processo. A campanha espera as primeiras pesquisas para decidir o momento de endurecer o discurso contra a petista.

Aécio na frente em pesquisa


A primeira pesquisa feita depois da definição do segundo turno mostra o candidato do PSDB, Aécio Neves, oito pontos percentuais na frente da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição. Segundo o levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas para a revista Época, o tucano tem 54% dos votos válidos e a petista, 46%. No cenário global, contabilizando os 10% que disseram não saber e não responderam, Aécio é o preferido de 49% dos entrevistados e Dilma, de 41%. Na pesquisa espontânea, onde não são apresentados os nomes dos candidatos, a diferença da petista para o tucano é de seis pontos percentuais — ele tem 45%. Os resultados têm nível de confiança de 95%, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

As entrevistas do Instituto Paraná foram feitas entre segunda-feira e ontem, com 2.080 eleitores de 19 estados e 152 municípios. Sob o registro BR 01065/2014 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o levantamento também perguntou aos entrevistados em quem eles não votariam de jeito nenhum. A rejeição de Dilma é maior, com índice de 41%. Os que disseram que não votam em Aécio somam 32%. Outros 16% afirmaram não rejeitar nenhum candidato e 8% não souberam ou não quiseram responder.

A rejeição dos candidatos é usada para projetar o potencial de votos que cada candidato ainda pode crescer. Pelo recorte de escolaridade, a presidente Dilma tem um sutil avanço entre os que tem apenas o ensino fundamental, com 46% diante de 45% de Aécio. O tucano sai na frente entre os que tem o ensino superior e entre as mulheres, com 55% e 50% da intenção de votos, respectivamente. Entre esses grupos, Dilma tem 34% e 40%.

Na campanha de Aécio, o resultado da pesquisa foi visto como uma boa largada. Para o coordenador da campanha, senador José Agripino Maia (DEM-RN), os números, entretanto, não podem contaminar o espírito de batalha da militância. “Temos que analisar com a devida cautela e aguardar os próximos resultados. Como largada, os índices são extremamente estimulantes”, avaliou.

O vice-presidente, Michel Temer (PMDB), que ocupa o mesmo posto na chapa de reeleição da presidente Dilma, acredita que o desempenho dos candidatos na pesquisa reflete a exposição de Aécio, gerada pela “ascensão surpreendente que teve”. “Temos duas semanas de campanha e vocês verificaram como as coisas, no Brasil todo, se modificaram muitas vezes na última semana. E, às vezes, nos últimos três dias”, disse. Do total de votos válidos do último domingo, Dilma teve 41,59% e Aécio, 33,55%.


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