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Estado de Minas

Crivella dirige 270 km para receber apoio de Garotinho

"O apoio de Garotinho é decisivo. Não poderia ganhar eleição se estivesse sozinho", disse Crivella, que disputa a eleição ao governo do Rio


postado em 07/10/2014 12:37 / atualizado em 07/10/2014 12:55

Rio - Em meio ao esforço para superar o governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão, candidato à reeleição pelo PMDB, o senador Marcelo Crivella (PRB) dirigiu o próprio carro até Campos dos Goytacazes (Norte Fluminense, a 270 km da capital), para receber o apoio do terceiro colocado nas eleições, o deputado federal Anthony Garotinho (PR).

O senador classificou a aliança com Garotinho, que teve 42 mil votos a menos que Crivella, como decisiva para sua campanha. Ele comparou a atuação do PMDB no Estado do Rio a uma "metástase".

"O apoio de Garotinho é decisivo. Não poderia ganhar eleição se estivesse sozinho. Essa eleição será vitória de uma frente que vai derrotar uma força política que está disseminada no Estado. É quase uma metástase, desculpe fazer essa figura, em todos os setores. Seja a indústria do aço, naval, automobilística, nos negócios do Estado. Hoje não se faz nada no Estado sem consultar um líder, um cacique, um apadrinhado do PMDB. Isso não é bom para nós, para o futuro dos nossos jovens, para o futuro da nossa terra. Todo estado tem alternância", afirmou Crivella.

Crivella chegou à casa de Garotinho, no bairro da Lapa, pouco antes das 9h, acompanhado apenas de um assessor. Participaram do encontro a mulher de Garotinho, a ex-governadora Rosinha, prefeita de Campos, e a filha do casal, Clarissa Garotinho, eleita deputada federal com a segunda maior votação do Estado.

"Só fiz um pedido a ele: para livrar o Rio desse grupo que fez tanto mal. Só", afirmou Garotinho.

Crivella acrescentou: "E eu estou atendendo com muito bom gosto". O senador afirmou que não foram discutidos cargos que quadros do PR ocupariam num eventual governo, mas ressaltou que "as indicações são naturais".

"Discutimos a necessidade de derrotar o grupo político do PMDB do Rio de Janeiro, liderado por (Sérgio) Cabral (ex-governador) e Pezão, que trouxe o Estado à falência financeira e moral. E a candidatura que pode fazer isso nesse momento, que foi colocada pelo povo no segundo turno, é do senador Marcelo Crivella, e todas as pessoas de bem devem se unir a ela", afirmou Garotinho.

Ele disse que recebeu recados do senador Francisco Dornelles (PP), candidato a vice de Pezão, pedindo para que ficasse "neutro". "Eu disse que isso era inadmissível. Essa é uma posição covarde. Na vida, sempre tivemos lado. E o nosso lado é contra esse governo", afirmou Garotinho.

Além do PR, Crivella informou que já fechou acordo com o PT, depois de conversar com o senador Lindbergh Farias, quarto lugar na disputa no Rio, e o presidente do partido, Washington Quaquá, prefeito de Maricá. O PT deve formalizar a aliança nesta quarta-feira, 8.

Crivella contou ter conversado também com lideranças do PSOL. Entre elas, o professor Tarcísio Motta, que teve 8,95% dos votos para governador do Rio, os deputados federais Chico Alencar e Jean Wyllis e o deputado estadual Marcelo Freixo.

"O PSOL é um pouco mais demorado, são muitas tendências, como dizem", afirmou Crivella, que espera que o apoio seja anunciado até sexta-feira. Ele também aguarda a participação de Marina Silva (PSB), candidata derrotada na disputa pela Presidência da República, na campanha. O vereador Jefferson Moura, que trabalhou pela fundação da Rede Sustentabilidade, é o interlocutor.

Tanto Crivella quanto Garotinho reafirmaram o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), com quem já estavam fechados no primeiro turno. "Diferentemente do Pezão, que vai se dividir entre o Aécio e a Dilma - 90% Aécio, 10 % Dilma -, nós somos 100% Dilma. Desde o começo participamos do governo, ajudamos a elegê-la e vamos ajudar a reelegê-la", afirmou Crivella.

Garotinho continua demonstrando o mesmo ar de abatimento que tinha no domingo, ao votar. Ao posar para fotos ao lado de Crivella, no entanto, ele fez o V de vitória, gesto que havia se recusado a fazer na urna eletrônica, ao digitar seu voto.

"Fiquei de 2002 a 2010 sem disputar nenhuma eleição. Em 2002 disputei eleição de presidente. Em 2010 disputei eleição para deputado federal e fiz 700 mil votos. Nesse tempo eu trabalhei em rádio. Vou voltar a trabalhar em rádio. É a minha profissão. Tenho carteira de trabalho assinada desde os 18 anos", disse o deputado federal, ao ser perguntado sobre seu futuro político.


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