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Estado de Minas

Dilma e Aécio vão para o 2º turno em disputa acirrada


postado em 06/10/2014 07:05 / atualizado em 06/10/2014 07:11

Aécio dispara na reta final e chega a oito pontos de Dilma. Segundo turno promete ser dos mais disputados da história
Aécio dispara na reta final e chega a oito pontos de Dilma. Segundo turno promete ser dos mais disputados da história

O Brasil só vai saber quem será o próximo presidente da República no dia 26: totalizadas 99,99% das urnas, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) garantiram a disputa no segundo turno das eleições. A petista saiu na frente, com 41,59% dos votos válidos (43.259.243), insuficientes para ser reeleita ontem. O tucano, que até as vésperas das eleições estava na terceira colocação, passou à frente de Marina Silva (PSB) e terminou a disputa com 33,55% dos votos válidos, ou 34.893.915, 12 pontos percentuais a mais que a socialista, escolhida por 21,32% (22.174.664) dos 115,1 milhões de eleitores que foram às urnas e escolheram algum candidato. Os demais oito candidatos somaram pouco menos de 4% dos votos. Brancos e nulos totalizaram 9,64%.

Dilma ganhou em 15 estados, incluindo Minas Gerais, e Aécio em nove, além do Distrito Federal. Marina venceu no Acre e Pernambuco. O crescimento da candidatura tucana a poucos dias das eleições e a diferença entre os dois primeiros colocados – 8,04 pontos percentuais – mostram que as próximas três semanas devem ser marcadas por uma disputa acirrada. Neste segundo turno, a petista e o tucano deverão contar com reforços de peso em suas campanhas: Fernando Pimentel (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), eleitos ontem governadores de Minas Gerais e São Paulo, respectivamente, os dois maiores colégios eleitorais do país.

Apuradas todas as urnas, Pimentel venceu o ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga por 52,98% dos votos válidos (5.362.870) a 41,89% (4.240.706). Na contagem geral, brancos e nulos somaram mais de 2 milhões de votos, ou 16,93% dos 12,1 milhões de eleitores que foram às urnas em Minas. Em São Paulo, com 89,75% dos votos apurados, Geraldo Alckmin garantia sua vitória com folga no primeiro turno: 57,44% dos eleitores escolheram o candidato. Outros 16,96%, ou 4 milhões de pessoas, anularam ou votaram em branco.

Além de Minas e São Paulo, em 12 estados a disputa terminou ontem: Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Piauí, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. O PT foi o partido que elegeu mais governadores (4), seguido do PMDB (3), PSB e PSDB (com 2 cada), PCdoB e PDT com um cada. Já os eleitores de outros 12 estados e do Distrito Federal terão que voltar às urnas no dia 26: Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Rondônia.

CONGRESSO
O ex-governador Antonio Anastasia (PSDB) é o novo senador de Minas Gerais, eleito com 56% dos votos válidos. O seu partido elegeu outros três parlamentares, mas não foi o maior vitorioso das urnas: o PMDB conquistou cinco cadeiras e pelos próximos quatro anos continuará sendo a maior bancada do Senado, com 18 representantes. O PSB, que não tinha nenhum senador, terá agora três.

Na Câmara dos Deputados, a renovação mineira foi de 28,3%, ou 15 parlamentares novatos. Índice pouco maior foi registrado na Assembleia Legislativa de Minas, que terá no ano que vem 25 estreantes, ou 32,47%. A coligação encabeçada pelo PT foi a que elegeu mais parlamentares, 22, seguida do grupo liderado pelo PSDB, que elegeu 21 candidatos.

SELFIES A sétima eleição direta realizada no Brasil depois de 21 anos de ditadura militar (1964/1985) foi marcada pela tranquilidade em todo o país, embora tenham sido registrados vários casos de desrespeito à legislação eleitoral. O volume de santinhos espalhados nas ruas levou duas mulheres ao chão – sendo que uma delas teve um ferimento na cabeça e a outra desmaiou. Foram várias as imagens de internautas divulgando seus votos nas redes sociais. A prática é considerada crime eleitoral e pode ser punida com até dois anos de prisão.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Dias Toffoli, mostrou-se preocupado com as selfies. “Analisaremos e aprimoraremos essa fiscalização. Não fazemos revista dos eleitores e não há condições de colocar detector de metal em cada seção. A principal preocupação com as selfies é a venda do foto. O eleitor pode levar esse registro ao 'comprador' e confirmar que votou naquele candidato”, explicou. Entre os “contraventores” estão o humorista Hélio de la Peña e a empresária Paula Lavigne, ex-mulher do cantor Caetano Veloso. Os dois deletaram as imagens depois de alertados por seguidores.

Segundo o TSE, 80 candidatos foram presos por crime eleitoral em todo o país, a maioria deles no Rio de Janeiro. Em Minas, apenas um foi levado à prisão. O número de ocorrências registradas que não envolveram prisão no Brasil foi de 392, sendo 134 em Minas, estado que registrou o maior número de ocorrências de crime eleitoral envolvendo candidatos.


Dilma Rousseff (PT), presidente e candidata à reeleição:


“A luta continua e será mais uma vez vitoriosa. Porque é luta da maioria do povo”

“O povo dirá que não quer os fantasmas do passado, como recessão, arrocho e desemprego”

“Todos os integrantes do povo brasileiro têm que levar em conta que o voto dá poder ao mais pobre. O voto torna todos iguais perante a urna”

Aécio neves (Psdb), senador e candidato a presidente:


“O sentimento de mudança amplamente presente em todo país já foi vitorioso no primeiro turno”

“Todos aqueles que puderem e quiserem contribuir com seu projeto de mudança serão muito bem-vindos”

“O que temos que fazer é reverenciar uma frase dita 30 anos atrás pelo meu avô Tancredo Neves (...): ‘estamos apenas na metade da travessia, portanto, não vamos nos dispersar’”


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