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Estado de Minas

Marina faz crítica ao governo Dilma e sinaliza apoio a Aécio no segundo

Candidata do PSB afirmou após derrota que população quer uma "mudança qualificada" no comando do país


postado em 05/10/2014 22:55 / atualizado em 06/10/2014 00:52

(foto: Miguel Schincariol / AFP)
(foto: Miguel Schincariol / AFP)

A candidata do PSB Marina Silva deu pistas na noite deste domingo de que pode apoiar o candidato Aécio Neves (PSDB) no segundo turno. Marina, que até o início de setembro aparecia à frente do candidato tucano na corrida presidencial, criticou o governo de Dilma Rousseff em entrevista em São Paulo, após a confirmação de sua derrota. "O Brasil sinalizou claramente que não concorda com o que aí está". Segundo ela, a população quer uma "mudança qualificada".



Marina sustentou um discurso neste domingo de vitória mesmo em meio à derrota de não ter chegado ao segundo turno. Apesar de não dar respostas diretas sobre eventual apoio à candidatura do PT ou do PSDB e de deixar em aberto a opção de repetir a neutralidade de 2010, Marina sinalizou uma inclinação em apoiar o tucano Aécio Neves. "Eu assumi a postura de não me recolher numa anticandidatura, o que pode ser uma tendência. Assumi o compromisso da mudança indo apoiar Eduardo Campos", disse durante coletiva de imprensa. Ela pontuou em diversos trechos de sua fala, contudo, que a aliança dependerá de coerência e compromisso com o programa de governo, elaborado com os partidos da coligação que a apoiaram.

Questionada sobre um possível apoio a Dilma, Marina também não respondeu diretamente, mas deu outra sinalização de alinhamento com a outra candidatura de oposição, do PSDB. "Nosso programa é coerente com outro caminho, com outra maneira de caminhar. Temos que ser coerentes com o movimento que representamos de mudança qualificada. A sociedade brasileira está dizendo que não quer o que está aí, da forma que está aí."

Marina Silva repetiu a mensagem que havia sido colocada pouco antes pelo presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, de que os partidos coligados vão se reunir internamente e tentarão tirar uma posição conjunta. A coligação é formada por PSB, PPL, PPS, PRB, PHS e PSL, além da Rede Sustentabilidade de Marina, que apesar de não ser legalmente um partido é tratado como estrutura independente dentro da coligação. "Decidimos que queremos tomar uma posição conjunta, mantendo aquilo que nos uniu que é o programa. Todos os partidos farão reuniões e estaremos dialogando entre nós", disse a candidata.

 


Derrota

Os apoiadores de Marina receberam com frustração o resultado do primeiro turno. Coordenador da campanha da pessebista, Walter Feldman atribuiu a ausência da candidata do PSB no segundo turno às variadas mudanças de escolha dos eleitores brasileiros e também à desconstrução feita por Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).

"Essa foi uma campanha em ondas, que mostra a volatilidade do voto brasileiro. A identidade de mudança foi esforço da Marina Silva, mas os instrumentos foram insuficientes. Os instrumentos do marketing, da desconstrução, dos boatos, foram mais fortes", disse Feldman, fazendo referência aos ataques frequentes dos candidatos de PT e PSDB à presidenciável do PSB.

O coordenador, que já foi ligado ao PSDB, acusou o PT de fazer afirmações levianas sobre Marina. "Houve uma tentativa de desqualificação de governança, sugerindo que ela não estaria preparada para o cargo. O tempo todo tentando colocá-la na velha batalha da luta de classes, típica do PT. Tentaram, pela acusação injusta à Neca Setúbal, ligá-la aos banqueiros. Houve um tempo extraordinário de TV para desconstruir nossa campanha e não tivemos tempo para construí-la de novo".


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