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Estado de Minas

Finanças do RS geram embate entre Genro e Ana Amélia


postado em 27/09/2014 01:01 / atualizado em 27/09/2014 07:22

O endividamento público do Rio Grande do Sul concentrou as discussões no início do debate entre os candidatos ao governo gaúcho, promovido pela TV Record na noite desta sexta-feira (26). O assunto tem sido bastante explorado ao longo de toda a campanha. O primeiro bloco também teve o enfrentamento direto entre os dois primeiros colocados nas pesquisas de intenção de votos, Ana Amélia Lemos (PP) e o governador licenciado, Tarso Genro (PT), que concorre à reeleição.

Ao ser perguntada sobre a importância das manifestações populares surgidas na metade do ano passado, Ana Amélia disse que os protestos são importantes, mas que antes de atender as demandas surgidas nas ruas é necessário resolver o problema das finanças do Estado. "Parece que não há consciência do atual governo sobre a gravidade da questão", disse a senadora.

Segundo ela, a dívida pública gaúcha com a União passa de R$ 50 bilhões. Ela também citou o déficit da Previdência Social no RS. "Esta gestão (estadual), pela gastança que tem, é agravadora da situação financeira do Rio Grande do Sul", falou.

Questionada por Tarso sobre combate à corrupção, Ana Amélia disse que o controle dos "maus feitos" será uma prioridade de seu governo, se eleita. No tempo de resposta, ela aproveitou para retomar a discussão em torno do endividamento do Estado. "É só com a solução deste problema que vamos avançar em outras áreas", disse.

A senadora afirmou que Tarso costurou um acordo com o governador de Alagoas, Teotonio Vilela (PSDB) para deixar a votação do projeto de mudança do indexador da dívida no Senado para novembro, e questionou se haveria um componente político nesta estratégia.

Tarso alegou que o projeto foi acordado para votar em novembro para que qualquer governo que assuma se beneficie da repactuação da dívida, que, segundo ele, permitirá a tomada de novos financiamentos para aumentar os investimentos do Rio Grande do Sul.

O governador licenciado ainda falou que tem uma "divergência" com Ana Amélia. "Eu digo que vou aumentar gastos com saúde, educação e segurança. A senhora diz que vai cortar gastos, mas nunca diz onde vai cortá-los", argumentou. "É uma diferença de visão. Nós achamos que devemos renegociar a dívida crescendo."

Outros candidatos também citaram o problema do endividamento do Estado, independente do tema central da pergunta. José Ivo Sartori (PMDB) afirmou que a saúde das finanças públicas está entre as preocupações centrais de sua candidatura. Já Estivalete (PRTB) disse que seu sonho é que a dívida do RS seja perdoada pela União.

Primeiro a falar, o candidato do PDT, Vieira da Cunha, defendeu o questionamento judicial do contrato de pagamento da dívida estadual com a União. Segundo ele, o projeto de renegociação do indexador da dívida, que está à espera de votação do Senado, não é suficiente para resolver a "sangria" dos recursos públicos do Estado.

"O que eu estou propondo é uma ação judicial. É fácil demonstrar que o Rio Grande do Sul, com este contrato como está, é ingovernável", afirmou. De acordo com Vieira, o governo estadual faz "malabarismos", pois hoje não há recursos para novos investimentos.

Assuntos como violência, segurança pública e educação também foram tratados neste primeiro bloco.


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