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Estado de Minas

Oposição quer apurar doação de bens de Graça Foster


postado em 21/08/2014 00:12 / atualizado em 21/08/2014 08:07

Brasília – A oposição pediu nessa quarta-feira que a CPI mista da Petrobras investigue a transferência de imóveis da presidente da estatal, Graça Foster, e do ex-diretor da área internacional Nestor Cerveró para seus familiares depois das denúncias de irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Ambos teriam doado imóveis a parentes em março. Mais adiante, em julho, o Tribunal de Contas da

União (TCU) determinou o bloqueio do patrimônio de Cerveró e de outros diretores, devido ao prejuízo causado na aquisição da refinaria de Pasadena. Ontem, diante das notícias, o tribunal adiou mais uma vez a decisão sobre o bloqueio de bens de Graça Foster.

A transferência dos bens foi revelada ontem pelo jornal O Globo. Líder do PPS, o deputado Rubens Bueno (PR) solicitou que a CPI levante nos cartórios de imóveis no Rio de Janeiro se de fato houve a transferência de imóveis aos parentes de Foster e Cerveró. “Está comprovado nos cartórios do Rio de Janeiro o que aconteceu em março deste ano. Por isso é que essa CPMI precisa apurar denúncias. Essa é mais uma denúncia grave”, disse.

Bueno bateu boca com a deputada Iriny Lopes (PT-ES), que defendeu os executivos da Petrobras e acusou o congressista de usar a denúncia como “palanque eleitoral”. “Isso tem que ser comprovado. A gente tem que tratar as coisas aqui com serenidade menos e foco eleitoral.”

O bate-boca ocorreu em meio ao depoimento do gerente jurídico internacional da Petrobras, Carlos Cesar Borromeu de Andrade, à CPMI. Ele afirmou que as duas cláusulas polêmicas que teriam causado prejuízo à estatal na compra de Pasadena foram elaboradas para preservar a empresa. Responsável por analisar o conteúdo jurídico das cláusulas Marlim e Put Option, o gerente disse que elas permitiram solucionar eventuais impasses jurídicos com a empresa belga Astra Oil, que comprou parte da refinaria. O gerente foi um dos condenados pelo TCU a ressarcir os cofres públicos pela compra de Pasadena.

O advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, confirmou que o ex-diretor doou três imóveis em Ipanema, Zona Sul do Rio, para parentes 45 dias antes de o TCU determinar o bloqueio do patrimônio dele e de outros nove executivos da estatal apontados como responsáveis por um prejuízo de quase US$ 800 milhões com a compra de Pasadena. Ribeiro garantiu, porém, que o ex-diretor ainda tem imóveis em seu nome. Entretanto, não soube informar o número.

Matéria publicada pelo Globo Online afirma que Graça Foster também teria transferido para seus filhos, Flavia Silva Jacua de Araújo e Colin Silva Foster, imóveis na Ilha do Governador, no Rio Comprido e na Praia de Manguinhos. Segundo a Petrobras, Graça Foster, iniciou o processo de doação de três imóveis para seus filhos em junho de 2013, três meses depois, portanto, de o TCU ter iniciado as investigações sobre a compra de Pasadena. A empresa diz refutar "veementemente" a informação de que Graça tenha feito “qualquer movimentação patrimonial com intuito de burlar decisão do TCU”.


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