A resistência do candidato a governador de São Paulo pelo PMDB, Paulo Skaf, a abrir espaço em seu palanque para a presidente Dilma Rousseff (PT) desagradou aos prefeitos e lideranças do partido no Estado. Com aval do presidente de honra do PMDB, Michel Temer - vice na chapa de Dilma à reeleição -, eles prometem embarcar na campanha da petista. Informados de que o material como adesivos e banners de Skaf seria produzido sem o nome da presidente, eles se dizem dispostos a produzir, por conta própria, peças de campanha eleitoral para a dobradinha. Um dos prefeitos ouvidos pelo Estado disse que esconder Dilma seria esconder Temer.
Palanque duplo
O candidato do PT, Alexandre Padilha, voltou a dizer ontem que não vê risco no palanque duplo em São Paulo: "A campanha presidencial tem de procurar todos os partidos". Nos próximos 15 dias, a presidente Dilma tem três eventos marcados em São Paulo: dia 28 com a CUT em Guarulhos, dia 7 com todas as centrais e no dia 9 em Osasco. Para Skaf, Dilma e o PT representam um risco, por sua alta rejeição no Estado e por enfraquecer o discurso de que seu nome é a novidade na disputa.