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Estado de Minas

Sombra das manifestações na Copa das Confederações encobre o futuro das campanhas eleitorais

Críticas a gastos com obras para o Mundial retornarão nos protestos


postado em 01/01/2014 00:12 / atualizado em 01/01/2014 07:36

Manifestantes sobem no teto do Congresso Nacional durante protesto: milhares de pessoas foram às ruas no país com diversas reivindicações (foto: Breno Fortes/CB/D.A Press - 17/6/13)
Manifestantes sobem no teto do Congresso Nacional durante protesto: milhares de pessoas foram às ruas no país com diversas reivindicações (foto: Breno Fortes/CB/D.A Press - 17/6/13)

Brasília – O ano que mal começou tem tudo para deixar sua marca na memória dos brasileiros. É ano de eleição presidencial, de Copa do Mundo no Brasil, de ruas repletas de manifestantes pedindo transporte público de qualidade, saúde, educação e dignidade na política. Tempo em que o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá decretar o fim das doações de empresas para campanhas eleitorais, abrindo espaço para a reforma política. E que os ministros devem terminar de julgar o mensalão e iniciar o julgamento de outros casos políticos emblemáticos.

O ano será delicado para a economia. O crescimento do país já não é tão robusto quanto tempos atrás e é visto com desconfiança por investidores estrangeiros. Mesmo assim, a inflação dá sinais de que seguirá sob controle, e a presidente aposta na manutenção do emprego e da renda para se reeleger.

Este será o ano de Copa do Mundo. Desde que o general Emílio Garrastazu Médici associou a própria imagem à equipe tricampeã em 1970, acredita-se que o êxito da Seleção Brasileira ajuda a obter sucesso na disputa presidencial. Ledo engano. Em 2002, o Brasil foi pentacampeão mundial e Lula derrotou os tucanos, no posto desde 1995. Em 2006 e em 2010, o Brasil voltou mais cedo para casa e os petistas mantiveram-se no Planalto. “O resultado será mais fora do campo do que dentro. Se a Copa der certo, do ponto de vista organizacional, o governo levará vantagem”, aposta um aliado de Dilma.

Antes de saber o resultado das urnas, contudo, esperam novamente as ruas cheias de manifestantes. “Os movimentos sociais, com certeza, ditarão as regras neste ano. Tendo como estopim os gastos para a Copa do Mundo, as pessoas retomarão, com muito mais intensidade, os protestos iniciados em 2013 e que atordoaram os governantes, impondo uma nova ordem política ao país”, acredita o cientista político Rafael Cortez.

Para o deputado Walter Feldmann (PSB-SP), que a Rede pressiona para concorrer ao governo de São Paulo, apesar de os socialistas torcerem para uma aliança com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), este ano será o ano “que mudará os rumos do Brasil”. Na opinião dele, o otimismo não é discurso vazio de político: “Dois mil e treze foi uma preliminar para mostrar que o polo de mudança do país não está mais nas mãos da classe política, mas da população. Ainda existem pessoas que mantêm o pensamento antigo, mas elas perceberão que, daqui em diante, um novo pacto com a sociedade terá de ser firmado”.


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