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Estado de Minas

Deputados estão à caça de partido

A menos de um mês do prazo para a troca de legendas, parlamentares se mobilizam para garantir uma vaga. O lançamento de siglas pode intensificar as debandadas na reta final


postado em 15/09/2013 00:12 / atualizado em 15/09/2013 07:30

(foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
(foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
Com o prazo cada vez mais curto para decidir em qual partido vão disputar as eleições em 2014, deputados federais intensificam movimentos para mudança de legenda e quase todas tendem a perder ou ganhar integrantes. Entretanto, os parlamentares devem deixar o anúncio oficial para a última hora. A data limite de filiações válidas para as eleições é 5 de outubro e muitos ainda esperam a concretização de novas siglas para tomar a decisão. Além do novo arranjo partidário, eles levam em conta questões estaduais e planos na hora de escolher para onde vão.

Desde o início do ano, 10 deputados federais já deixaram seus partidos de origem. Desses, quatro ainda não se filiaram a outra legenda – incluindo Natan Donadon, que foi expulso do PMDB após ser condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal, por fraude em licitações quando era deputado estadual em Rondônia, entre 1998 e 1999. Um deles é Romário (RJ), que saiu do PSB no início de agosto e ainda negocia a ida para o PR para se candidatar ao Senado. Outras agremiações também o convidaram — PT, PP, PDT e PMDB.

Quem também tem sido disputado por diferentes siglas é o polêmico presidente da Comissão de Direitos Humanos, Marco Feliciano (PSC-SP). Segundo interlocutores, ele já conversou pessoalmente com representantes do PTB, PRB, PEN, PR e PMDB, mas, por enquanto, permanece no PSC, por onde deve se candidatar ao Senado. Mas os planos verdadeiros do pastor são outros. Em entrevista a um programa de tevê nos EUA no início do mês, Feliciano admitiu ter um preço ao demonstrar a vontade de lançar-se ao posto de presidente do Brasil: “Se algum partido me desse essa legenda, eu entraria nesse barco”.

Assim como ocorreu com a formação do PSD em 2011, a criação da Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva, e do Solidariedade, que está em avançado processo para ser fundado pelo deputado Paulo Pereira (PDT-SP), deverá provocar debandadas na Câmara. À época do PSD, 51 deputados foram para a legenda de Gilberto Kassab, reduzindo drasticamente algumas bancadas, principalmente a do DEM.

Agora, o maior ameaçado é o PDT, de onde o Solidariedade deve tirar, pelo menos, sete parlamentares. Ao todo, a nova sigla já contabiliza entre 30 e 40 integrantes com mandato. “O critério de cada um é diferente, desde amizade até a questão do espaço que se pode ter. Quem está concorrendo faz sempre um cálculo se tem chance ou não”, comenta Marcílio Duarte, presidente provisório do novo partido.


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