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Estado de Minas

Justiça manda soltar acusado de comandar a Chacina de Felisburgo

Um novo julgamento foi marcado para o dia 10 de outubro


postado em 10/09/2013 06:00 / atualizado em 10/09/2013 07:29

Acusado de comandar a Chacina de Felisburgo, em que cinco trabalhadores sem-terra foram mortos na Fazenda Nova Alegria, no Vale do Jequitinhonha, em 2004, o fazendeiro Adriano Chafik Luedy conseguiu alvará de soltura para aguardar o julgamento em liberdade. A expectativa era de que ele sairia ontem da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, onde estava preso havia 18 dias. A prisão preventiva atendeu a um pedido do Ministério Público, no dia em que o julgamento de três dos 15 acusados foi adiado pela quarta vez, em agosto. Na ocasião, o advogado de Chafik, que mora na Bahia e passa por tratamento de quimioterapia, não compareceu à sessão e o juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes considerou que os réus foram beneficiados por brechas na lei. Um novo julgamento foi marcado para o dia 10 de outubro. Na última audiência, o juiz entendeu que os réus soltos poderiam tentar adiar novamente o julgamento e por isso decidiu mantê-los preso.

O crime aconteceu no acampamento Terra Prometida, instalado na fazenda de Chafik. De acordo com a denúncia do MP, foi ele quem comandou o ataque. Depois da invasão do movimento, o fazendeiro entrou na Justiça com ação de reintegração de posse, mas perdeu e as terras foram demarcadas em favor dos assentados. Revoltado, ele teria passado a fazer ameaças, até que reuniu 14 homens e liderou o ataque contra homens, mulheres e crianças. Cinco pessoas morreram e 12 ficaram feridas.

INCRA INVADIDO

Cerca de 400 integrantes da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) do Norte de Minas invadiram no início da tarde de ontem a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na Avenida Afonso Pena, em BH, e mantiveram mais de 100 funcionários presos no local. Os servidores foram obrigados a permanecer no prédio durante cerca de duas horas, até que a Polícia Militar foi acionada e negociou a libertação deles. Os camponeses são de cidades do Norte de Minas e vieram para Belo Horizonte na tarde de segunda-feira, em oito ônibus alugados pelo grupo, e disseram representar cerca de 5 mil famílias de assentados. Entre outras reivindicações, eles querem a titularidade de terras que hoje ocupam. Até o fechamento desta edição eles permaneciam na sede do Incra à espera de uma reunião com o superintendente do órgão, Danilo Araújo, que estava viajando.


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