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Estado de Minas

Informante acusa fazendeiro como mandante de Chacina de Unaí

A oitiva de Hugo Alves Pimenta durou cerca de duas horas nesta quarta-feira


postado em 28/08/2013 18:13 / atualizado em 28/08/2013 20:13

O informante Hugo Alves Pimenta afirmou, durante o julgamento da Chacina de Unaí, nesta quarta-feira, 28, que Norberto Mânica foi o mandante do assassinato dos auditores fiscais do trabalho Nélson José da Silva, Erastótenes de Almeida Gonsalves e João Batista Soares Lage, e do motorista Aílton Pereira de Oliveira. Ele não quis, entretanto, falar sobre a participação de Antério Mânica. Hugo Pimenta também é acusado de participar do crime e será julgado no dia 17 de setembro. Em 2007, ele fez um acordo com o Ministério Público Federal (MPF) para receber a delação premiada, testemunhando nesta quarta-feira como informante.

A oitiva de Pimenta durou cerca de duas horas. Ele contou que, no dia 27 de janeiro, véspera do assassinato, estava presente quando José Alberto de Carvalho conversou por telefone com Francisco Pinheiro, acusado de ser o agenciador dos pistoleiros. José Alberto estava em seu escritório com Norberto. Segundo Hugo, o auditor seria assassinado naquele dia, mas Francisco informou que havia muita gente com a vítima. "Fala com o Chico que é para torar (torrar) todo mundo", contou Hugo Pimenta, se referindo à fala de Norberto.

Pimenta disse que alertou Norberto sobre o que poderia acontecer se ele resolvesse matar os fiscais, alegando que se o fazendeiro cometesse o crime a questão chegaria ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Que nada, eu vendo uma fazenda minha aqui e esse pessoal depois vem atrás de indenização e está tudo certo", contou o informante, dizendo que essas foram as palavras de Norberto.

Hugo Pimenta também afirmou que ele, Erinaldo de Vasconcelos Silva, William Gomes de Miranda, Rogério Allan Rocha Rios, Humberto Ribeiro dos Santos, Norberto Mânica, José Alberto de Carvalho e Francisco Pinheiro foram presos um dia depois do crime. Na carceragem da Polícia Federal, Mânica ofereceu R$ 300 mil para que Erinaldo assumisse que o crime foi um latrocínio. Rogério Allan também receberia R$ 200 mil, mas o informante não soube dizer qual foi o acordo feito.

Outra declaração foi de que Erinaldo foi procurado por Norberto após esse crime para matar uma família no Paraná. As pessoas teriam vendido uma fazenda para o chamado "rei do café", mas não entregaram a propriedade, o que seria motivo para matá-los. Erinaldo, segundo Pimenta, negou o trabalho.

Depois desse depoimento, o irmão de Rogério, Paulo Roberto Rocha Rios, foi ouvido. Nesta quarta-feira já foram ouvidas três testemunhas e dois informantes. A expectativa é de que três testemunhas de defesa sejam ouvidas ainda nesta quarta.


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