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Estado de Minas

Câmara dos Deputados tem plano para barrar acesso de cidadãos

Após invasão de manifestantes, deputados federais fazem sugestões para restringir acessão da população às dependências da Câmara


postado em 22/08/2013 06:00 / atualizado em 22/08/2013 08:20

Após ser invadida por manifestantes na última terça-feira e ter a fragilidade na segurança exposta, a Câmara dos Deputados se prepara para restringir o acesso da população às suas dependências, incluindo os profissionais da imprensa. Irritados com o caos que se instalou na Casa, deputados fizeram sugestões de mudanças e alguns defenderam estender as limitações aos jornalistas. A intenção é se espelhar em países como a Inglaterra, em que o acesso ao plenário é vetado a quem não seja parlamentar.

O assunto foi discutido em reunião entre o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e os líderes partidários. Uma proposta será elaborada pelo corpo técnico e analisada pelos parlamentares na próxima semana. Uma das sugestões é identificar as pessoas que chegam à Câmara de acordo com o local aonde querem ir, impedindo-as de se dirigir a outras partes. Outra proposta é definir que pessoas sem credencial só passem pelo Salão Verde durante visita guiada. “Lá não é lugar de manifestação”, comentou o líder do PPS, Rubens Bueno (PR). “Esse tipo de invasão não aconteceu nem na ditadura militar, foi um fato lamentável”, afirmou o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Chinaglia foi o autor da proposição de impedir que a imprensa permaneça no plenário – hoje, jornalistas credenciados e assessores têm acesso direto aos parlamentares. “No plenário, a não ser parlamentar e assessor, não pode entrar ninguém. Isso é em qualquer parlamento do planeta e inclui a própria imprensa, que não pode, como às vezes acontece, entrevistar um líder ao lado do microfone.”

A sugestão foi apoiada por boa parte dos presentes, incluindo o presidente da Casa. De acordo com interlocutores, Henrique Alves já vinha reclamando do risco de as câmeras alcançarem a tela de celulares ou o conteúdo do voto dos deputados no plenário. A irritação se acirrou ontem quando ele teve o teor de um voto secreto divulgado pela imprensa. (AC)

Aposta nos senadores


O Palácio do Planalto apostou em uma maior fidelidade da base no Senado do que na Câmara para garantir a manutenção dos quatro vetos apreciados na terça-feira. Números preliminares de ontem apontavam que os senadores foram o fiel da balança. Ainda assim, há um entendimento de que a aproximação de Dilma com os deputados surtiu efeito. “Há uma percepção da disposição da presidente em mudar a relação, o que não significa que o resultado se repetirá em setembro”, alerta o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).


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