(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

PT decide excluir condenados

Às vésperas de recursos dos réus do processo do mensalão serem julgados, Dirceu, Genoino e João Paulo Cunha são cortados de chapa que concorre à reeleição para a direção da legenda


postado em 20/07/2013 06:00 / atualizado em 20/07/2013 07:08

Condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu,e os deputados federais José Genoino (SP) e João Paulo Cunha (SP) não integrarão mais o Diretório Nacional do PT, a partir de 2014. Os nomes dos três foram excluídos pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) da chapa que apoia a reeleição do presidente do PT, Rui Falcão, por decisão da cúpula do partido, às vésperas do julgamento pelo Supremo dos recursos dos réus da Ação Penal 470.


O ex-tesoureiro Delúbio Soares também foi condenado, mas, desde 2005,  não integra a direção do partido. Ele chegou a ser expulso, mas foi reintegrado em 2011. Embora o PT tenha considerado o julgamento "político" e manifestado apoio público aos réus ligados à legenda, mantendo-os no comando partidário – na contramão do estatuto –, a avaliação foi de que agora eles não têm mais condições de entrar na chapa que concorrerá a novo mandato. Em meados de agosto o Supremo deve começar a julgar os recursos apresentados por advogados de defesa dos réus do mensalão e, se as condenações forem mantidas, todos podem ser presos.


"Eu não tenho preocupação em sair da chapa, mesmo porque não queria estar na direção desde que deixei a Presidência do PT. Nunca reivindiquei nada e acho isso absolutamente normal", afirmou Genoino. Dirceu e João Paulo não se manifestaram.

 A disputa pelo comando do PT em um ano pré-eleitoral, as dificuldades do governo após os protestos nas ruas, os percalços na economia e a crise de relacionamento com o PMDB são os principais assuntos da reunião do Diretório Nacional do partido, que ocorrerá hoje. O encontro será coordenado pelo presidente da legenda, Rui Falcão, e debaterá a "conjuntura nacional".


A presidente Dilma Rousseff desistiu de ir ao encontro. Na quinta-feira, o Palácio do Planalto chegou a enviar a equipe “precursora” à sede do partido, em Brasília, para vistoriar o local da reunião. Esse trabalho só é feito quando a presidente planeja ir a algum evento, embora muitas vezes ela cancele, depois, sua programação, alterando a agenda de compromissos. A assessoria de Dilma alega, porém, que ela foi convidada para a reunião do PT, mas nunca confirmou presença. Na segunda-feira, entretanto, o presidente do partido, deputado Rui Falcão, disse que Dilma iria ao encontro hoje.


Dirceu e Genoino comparecerão à reunião. Nela, a cúpula do PT vai bater na tecla de que Dilma não está isolada e conta com o aval de seu partido na corrida pelo segundo mandato. Em conversas nesta semana com deputados, senadores e governadores do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva brecou a pregação do "volta, Lula" e chegou a chamar a estratégia de "burrice”.


 Além disso, em artigo no jornal The New York Times, Lula pediu a "profunda renovação" do PT. A eleição que vai escolher a nova cúpula do PT, com voto dos filiados, ocorrerá em 10 de novembro. Rui Falcão é o favorito para continuar no comando. Além dele, outros cinco candidatos disputarão a presidência do partido: Paulo Teixeira, Renato Simões, Valter Pomar, Markus Sokol e Serge Goulart. Nove chapas foram inscritas e cada uma delas apresentará 110 nomes para o Diretório Nacional. Pelas normas já aprovadas no PT, 50% das cadeiras de direção devem ser destinadas às mulheres, 20% aos jovens e 20% às cotas raciais.

 

Enquanto isso...

…petistas trocam farpas

O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) reagiu ontem ao manifesto lançado por um grupo de deputados de seu partido contra a sua indicação para coordenar comissão que vai discutir a reforma política na Câmara. Em nota, Vaccarezza diz que os "ataques pessoais" feitos pelos colegas aprofundam a "descrença da sociedade" nas legendas e em seus representantes políticos. O manifesto foi lançado na noite de quinta-feira e assinado por 28 dos 88 deputados petistas. O texto chama de conservadora a decisão do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), de criar "mais uma comissão" para a reforma política em vez de fazer o plebiscito sugerido pela presidente Dilma Rousseff. A nota critica ainda a “interferência externa” de Alves no PT ao indicar Vaccarezza para o cargo, enquanto a bancada do partido na Casa sugeria o nome de Henrique Fontana (RS). 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)