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Estado de Minas

Oposicionistas reagem à onda de protestos no país


postado em 19/06/2013 06:00 / atualizado em 19/06/2013 06:51

No evento que marcou os 25 anos do PSDB e o 19º aniversário do Plano Real, as manifestações que levaram às ruas do país 250 mil pessoas transformaram-se no ponto central dos discursos das principais lideranças do partido. Para o presidente da sigla, o senador e presidenciável Aécio Neves (MG), é preciso, antes de mais nada, respeitar o ato, para, a partir daí, compreendê-lo. “É um movimento sem dono e sem rosto, mas uma questão é clara: o Brasil róseo, festejado na propaganda oficial, o Brasil sem miséria, de educação de qualidade, com empresas públicas batendo recorde de produção… ficou claro que esse Brasil irreal não existe”, afirmou Aécio.

O senador tucano lembrou que boa parte da geração que tem ocupado as ruas nem sequer era nascida na época do impeachment de Fernando Collor, hoje senador pelo PTB. “É a primeira oportunidade que eles estão tendo, e precisam ser respeitados”, defendeu. Para Aécio, o retorno da inflação, a baixa qualidade na educação e o pouco avanço no transporte público ao longo dos últimos anos aumentaram o nível de insatisfação dos cidadãos. “O Brasil não pode apenas fazer propaganda, deve cuidar dos problemas que afetam a vida das pessoas”, completou.

Principal homenageado na solenidade, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que completou ontem 82 anos, classificou o momento de “curto-circuito, uma onda gigante, típica das sociedades contemporâneas”. Ele lembrou que os manifestantes integram um grupo que tem acesso à tecnologia, o que torna mais rápida a propagação das ideias. “É importante que as pessoas mais jovens  expressem suas vontades, mesmo que não saibam muito bem para que lado vão e que sejam muito díspares essas vontades. Isso é a democracia”, sintetizou.

Atual presidente do Instituto Teotônio Vilela, o deputado Sérgio Guerra (PE) afirmou que os jovens que lotam as ruas perceberam que não há caminhos alternativos para o atual modelo de representação. “Eles perceberam que o poder  é, simplesmente, um condomínio de privilégios. Só mudam os condôminos”, resumiu.


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