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Estado de Minas

Manifestantes rejeitam representantes dos partidos políticos


postado em 18/06/2013 00:12 / atualizado em 18/06/2013 07:41

Rio de Janeiro e São Paulo – Os manifestantes que voltaram às ruas nessa segunda-feira rejeitaram a presença de partidos políticos, que, desde o início da onda de protestos contra os aumentos das tarifas de passagens, estavam à margem desses atos. No início da manifestação no Rio, houve um princípio de tumulto entre representantes de partidos políticos, que começaram a vaiar uns aos outros, mas foram rechaçados. “Nenhum partido tutela este protesto”, afirmou um dos coordenadores da manifestação, do alto do carro de som. Entre os manifestantes era possível ver cartazes que diziam: “Nenhum partido me representa”. Muitos manifestantes tentaram convencer os integrantes de legendas a recolher as bandeiras, sem sucesso.

A disposição para separar essa passeata da política partidária foi tanta que as camisas brancas que deram o tom da manifestação foram aos poucos sendo colocadas sobre outras camisas, de cores variadas, ao longo da Avenida Rio Branco, numa tentativa de isolar, pelo menos do ponto de vista das cores, a manifestação de ontem de manifestações tradicionais partidárias.

Em São Paulo, os partidos começaram a engrossar sua participação nos atos que ganham força no país. O movimento ganhou as ruas da capital paulista com a força virtual dos usuários da internet, em redes sociais, sem apoio partidário. E, se antes apenas uma bandeira ou outra tremulava entre os manifestantes, ontem o movimento atraiu lideranças nacionais do PSOL e do PSTU; caravanas do PT foram organizadas do interior para a capital e até militantes do PSDB, à revelia do partido, juntaram-se à multidão.

Presidente nacional do PSOL, o deputado Ivan Valente participou ontem pela primeira vez do ato em São Paulo. Disse que o partido tem tido militantes nas ruas desde a primeira passeata e considerou natural um crescimento da adesão da legenda, uma vez que o protesto ganha força. “O PSOL participa do MPL (Movimento Passa Livre) em vários estados. O MPL não nasceu agora. Mas esse é um movimento autônomo. Nosso papel é claro. Nossos ativistas estão identificados e têm um objetivo político, que é conquistar a vitória do passe livre”, afirmou Valente.

O presidente nacional do PSTU, José Maria de Almeida, também foi a uma passeata do MPL pela primeira vez ontem. A representação da sigla nos outros quatro protestos deu-se por meio de militantes ligados ao grupo de jovens do partido. Isso porque uma das líderes da Juventude do PSTU, Arieli Tavares, é integrante da Associação Nacional de Estudantes – Livre (Anel), entidade que tem ajudado na mobilização pelas redes sociais.

No PT, o movimento tem despertado o interesse da ala mais à esquerda. Diante do crescimento rápido dos atos, o grupo da Juventude do PT de São Paulo decidiu na semana passada aderir ao grupo dos estudantes, apesar de o prefeito Fernando Haddad (PT) ser um dos alvos dos manifestantes.


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