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Estado de Minas

Corregedor começa a ouvir vereadores sobre fraude em painel da Câmara de BH

O primeiro a prestar depoimento foi Pablito (PSDB), que negou qualquer envolvimento na violação


postado em 21/05/2013 06:00 / atualizado em 21/05/2013 07:45

Autair Gomes quer concluir a fase de depoimentos esta semana(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Autair Gomes quer concluir a fase de depoimentos esta semana (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

O vereador Pablito (PSDB) prestou depoimento nessa segunda-feira à tarde ao corregedor da Câmara Municipal, vereador Autair Gomes (PSC), que apura fraude em marcação de presença no plenário da Casa, e voltou a negar que tenha qualquer responsabilidade no episódio. Mesmo em viagem ao exterior, Pablito teve seu ponto registrado nos dias 2, 3 e 6 deste mês. O painel eletrônico registrou a presença do parlamentar na quinta-feira às 14h50; na sexta-feira, às 15h07; e na segunda também às 15h07. De acordo com Gomes, para tentar comprovar a existência de um “pianista” no local, esta semana será dedicada à coleta de mais depoimentos de outros possíveis envolvidos, como o vereador Juliano Lopes (PSDB), que foi visto próximo ao terminal onde foi registrada a presença do tucano; o responsável pelo setor de informática da Câmara; e o procurador da Casa, Guilherme Avelar.

O corregedor Autair Gomes esclareceu que espera concluir a fase de depoimentos ainda esta semana para passar à outra etapa da apuração, que envolve a análise de laudos. Um deles foi elaborado pela própria Casa logo após a descoberta da fraude. O documento atesta que não houve falha técnica no equipamento que registrou a presença de Pablito enquanto ele estava em Miami em três reuniões deste mês. O resultado do laudo comprovaria as suspeitas de que há um pianista no Legislativo. Segundo o presidente da Casa, vereador Léo Burguês (PSDB), foi solicitada uma auditoria também a uma empresa particular. Outro laudo estaria sendo elaborado pelo Ministério Público estadual, que também apura a fraude, atendendo pedido de Burguês. Segundo Gomes, o promotor Marcelo Mattar, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, esteve no Legislativo municipal na última sexta-feira, acompanhado de peritos para verificação do painel de votação.

Evidência Na última semana, Burguês disse que repassou ao MP o laudo com a perícia do sistema eletrônico de votação. Ela atesta que não houve falha mecânica e nem do sistema, evidenciando que a marcação da presença de Pablito foi providenciada por alguém que tem acesso ao plenário para as votações. Ontem, o corregedor Autair Gomes reafirmou que não tem conhecimento da existência de imagens das câmaras do plenário do momento das votações. Segundo ele, mesmo que as gravações existissem, elas seriam imprestáveis à apuração, já que captam apenas as imagens da mesa, do parlatório e do pinga-fogo. Pablito, que garante que não autorizou nenhum vereador a marcar sua presença, terá cinco dias para apresentar testemunhas a serem ouvidas na comissão de apuração, caso entenda necessário. O Estado de Minas tentou falar com o parlamentar em seu celular até o fechamento desta edição, mas ele não retornou a ligação.


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