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Estado de Minas

Polícia Federal faz cerco a fraude no Norte de MG


postado em 28/12/2012 09:42

A Polícia Federal deflagrou nessa quinta-feira a Operação Recidiva, na qual foram expedidos mandados de prisão contra quatro pessoas acusadas de desvio de recursos públicos por meio de fraudes em licitações de obras realizadas por prefeituras. Foi preso o engenheiro Edilson Renato Caldeira, servidor da Prefeitura de Olhos D%u2019Água (Norte de Minas), e expedidos mandados de prisão também contra o empresário Evandro Leite Garcia, a mulher dele, Maria das Graças Garcia, e a cunhada de Evandro, Elizângela Pereira. Os três já estão presos desde 21 de junho, por força da Operação Máscaras da Sanidade.

O trabalho policial realizado nessa quinta-feira é um desdobramento da própria Máscaras da Sanidade, que desmontou um esquema de fraudes em licitações. Patrocinado por um grupo de empresas supostamente controlado por Evandro Leite Garcia e sua família, o esquema resultou, segundo as investigações, em desvios de recursos públicos de R$ 100 milhões, por meio de fraudes em licitações envolvendo 37 prefeituras (35 do Norte de Minas e duas do Vale do Jequitinhonha). Na ocasião, 16 pessoas foram detidas. Evandro, a mulher dele e Elizângela continuam recolhidos no presídio regional de Montes Claros, para onde foi levado ontem o engenheiro Caldeira, depois de ser detido na casa dele, em Olhos D%u2019Água. De acordo com as investigações, foi montado no município esquema de fraudes em licitações e de simulação de pagamento a empreiteiras de serviços, que, na verdade, eram executados pela própria prefeitura, nos moldes dos casos apurados na Máscaras da Sanidade. Foram apontadas irregularidades em obras como pavimentação de ruas, calçamento, construção de meio-fio e de calçadas. Até o momento, foram constatados desvios de R$ 2,58 milhões. Foram periciadas 20 obras suspeitas, envolvendo, além de Olhos D%u2019Água, seis cidades norte-mineiras: Coração de Jesus, Bonito de Minas, Guaraciama, Porteirinha, São João da Ponte e Pai Pedro. Serão analisadas as planilhas de custos de pelo menos mais 40 obras em outros municípios da região. Segundo o delegado Thiago Garcia Amorim, da delegacia da PF em Montes Claros, o Caldeira assinava laudos falsos, que eram usados para %u201Cesquentar%u201D as licitações fraudulentas e os pagamentos. %u201CEle emitia boletins falsos atestando que os serviços estavam sendo executados pela empresa envolvida%u201D, explicou o delegado. Ainda de acordo com Thiago Amorim, os envolvidos vão responder a inquéritos pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, peculato, desvio de recursos públicos e fraudes em procedimentos licitatórios. Eles poderão pegar penas de até 25 anos de reclusão.


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