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Estado de Minas

Ataques até o último minuto da disputa eleitoral em São Paulo

José Serra e Fernando Haddad encerram a propaganda política na TV da mesma forma como começaram: trocando alfinetadas e reforçando o tom agressivo das duas campanhas


postado em 27/10/2012 06:00 / atualizado em 27/10/2012 07:01

São Paulo – No último dia de campanha eleitoral no rádio e na televisão em São Paulo, tucanos e petistas mantiveram a troca de ataques que marcou a propaganda política neste segundo turno. O programa mais agressivo foi o de José Serra. Como nos dias anteriores, os marqueteiros do PSDB insistiram no mote de que Fernando Haddad (PT) vai acabar com as organizações sociais (OS) que administram unidades de saúde na capital paulista. “O PT do Haddad que acabar com as parcerias na saúde. Serra vai fortalecer o trabalho na saúde”, alertou o locutor tucano. A campanha petista acusou o golpe e se defendeu. “As mentiras absurdas inventadas nesta reta final não abalaram a vontade de São Paulo de mudar. Haddad provou que não vai acabar com nenhuma parceria”, rebateu o locutor do PT.

O último programa eleitoral de Serra trouxe outras alfinetadas ao adversário, reforçando o tom agressivo da campanha tucana, derradeira tentativa de virar as pesquisas de intenção de votos que apontam Haddad com vantagem que chega a 15 pontos percentuais. “Haddad quer beneficiar quem tem carro. Serra quer beneficiar quem anda de ônibus”, disse o locutor do PSDB. “São Paulo está longe de ser uma tragédia como o Haddad quer mostrar todos os dias. Mas é claro que temos condições de melhorar. Eu sei o que temos que fazer”, discursou Serra. Ele encerrou retomando a defesa das parcerias, prometendo a “ampliação e o fortalecimento das parcerias com as organizações sociais de saúde”.

A propaganda petista também aproveitou o último dia na TV para atacar o tucano. “São Paulo cansou de prefeitos de meio expediente e de meio mandato. É por isso que o paulistano quer mudança, quer o novo. Nós somos o novo e vamos fazer São Paulo mudar”, disse Haddad, em referência direta à saída de Serra para concorrer ao governo do estado em 2006 e à Presidência em 2010. A campanha de Haddad também valorizou o apoio do Palácio do Planalto. “A Prefeitura de São Paulo não acompanhou o ritmo do Brasil. Não quis e não soube trabalhar bem com o governo federal”, criticou Haddad. “É por isso que 80% dos paulistanos querem mudança e sabem que a mudança não virá com aqueles que governam a cidade há tantos anos.”

Além da troca de farpas, as duas campanhas valorizaram o currículo de apoios dos candidatos. O programa tucano explorou o currículo de Serra, relembrando momentos como a participação dele na Assembleia Nacional Constituinte de 1988 e na elaboração do Plano Real. Também foi citada a regulamentação dos remédios genéricos, quando Serra era ministro da Saúde. O programa do candidato do PSDB também exibiu depoimentos do governador Geraldo Alckimin. “Serra não é aposta, é segurança. Serra vai ficar os quatro anos e estaremos juntos governando pelo bem de São Paulo”, ressaltou Alckimin.

O programa petista reforçou o compromisso de Haddad com a população carente e exibiu depoimentos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.

Ratinho lanterna

Em Curitiba, onde a campanha se deu em um nível mais elevado, sem tantas acusações, Ratinho Júnior (PSC) tentou se descolar da imagem de inexperiente, pregada pela campanha do adversário e líder nas pesquisas, Gustavo Fruet (PDT). Apesar do clima otimista, Ratinho Júnior já reconheceu, em conversa com jornalistas, os erros da campanha, mas ainda crê na possibilidade de uma virada. Ele foi o mais votado no primeiro turno, com 34,09% dos votos, mas está, hoje, 17 pontos percentuais atrás de Fruet, de acordo com a última sondagem do Datafolha. “Eles jogaram uma sensação de insegurança para a população em relação à minha juventude. Fomos muito cautelosos. Demoramos para reagir”, lamentou.

Festa para lula

Na véspera de completar 67 anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou uma festa surpresa, ontem à tarde, dos funcionários do Instituto Lula, no Bairro Ipiranga, em São Paulo. O ex-presidente, que até a noite anterior cumprira uma maratona de comícios pelo país em apoio a candidatos do PT no segundo turno, foi brindado com champanhe e cortou um bolo recheado com morangos. Lula comeu um pedaço de bolo e tomou refrigerante. Além dos parabéns, os presentes puxaram um coro de "olê olê olá, Lula", jingle que marcou as campanhas do ex-presidente. Lula disse que esperava, como presente de aniversário, a eleição de Fernando Haddad prefeito de São Paulo, domingo, e vitórias dos candidatos petistas em outras cidades e capitais.

 


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