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Estado de Minas

Deputado Roberto Brant sai do PSD cheio de mágoas

Roberto Brant garante que não volta ao partido


postado em 11/07/2012 06:00 / atualizado em 11/07/2012 07:54

Ao oficializar sua desfiliação do Partido Social Democrático (PSD), o ex-ministro da Previdência e vice-presidente da legenda, Roberto Brant, garantiu que a decisão é definitiva e descartou qualquer conversa com os integrantes do diretório nacional nos próximos dias para rever sua posição. “A convivência no partido não é mais possível. Infelizmente, pela forma como aconteceu, não tenho mais como argumentar com as lideranças nacionais”, afirmou Brant. Ontem, em resposta à intervenção de Gilberto Kassab, presidente do PSD, nas eleições de Belo Horizonte, o político mineiro entregou em Brasília seu pedido de desfiliação e reforçou seu desapontamento com a atitude dos agora ex-colegas de partido.

“Já não tenho nada para conversar com Kassab. Ele não esperou nem mesmo que a situação fosse discutida antes de intervir de forma autoritária e antidemocrática. BH é o centro da minha vida e não poderia aceitar uma atitude como esta. Ficou bem claro desde a semana passada que minha opinião não seria levada em conta, então não tive outra opção que não fosse deixar o PSD”, afirmou Brant.

O ex-deputado federal, que criticou duramente os métodos usados pelo presidente da legenda para definir como seria a atuação do PSD nas eleições da capital mineira, recebeu ontem vários telefonemas de colegas do partido que também são contrários à decisão tomada em esfera nacional. “Discuti bastante essa situação e todos entendem minha posição. Os parlamentares mineiros não fizeram nada de errado para decidir qual seria a posição escolhida em BH. Foi uma convenção dentro das regras legais e que não poderia de forma alguma ser diminuída”, desabafou.

Ao formalizar sua desfiliação do PSD, Roberto Brant disse também que não pretende integrar nenhum outro partido nos próximos anos e reforçou que sua decisão não teve nada a ver com o fato de o PSD apoiar o PT na capital mineira ou ter escolhido ficar do lado do ex-ministro Patrus Ananias, mas sim à maneira como o processo de escolha foi conduzido. Segundo ele, o PSD perdeu a oportunidade de mostrar que seria diferente de outras legendas que mantêm os filiados em um regime autoritário.

 “Na prática, essa decisão mostrou exatamente o contrário. Uma escolha que não levou em conta a vontade da base local do partido. Uma eleição entre seis deputados federais, que terminou em quatro a dois, foi valorizada de forma equivocada, uma vez que não deveria ser a instância que tomaria tal decisão”, criticou. Com a decisão dos integrantes mineiros do partido em protocolar o apoio à coligação que defende a reeleição de Marcio Lacerda (PSB) e a confirmação do diretório nacional em apoiar Patrus Ananias (PT), caberá a Justiça Eleitoral decidir de qual lado o partido ficará durante a campanha.


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