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Estado de Minas

Roberto Carvalho será coordenador da campanha petista

Vencedor da convenção, Roberto Carvalho não aceita a pressão da legenda, mas ressalta ser "homem de diálogo"


postado em 04/07/2012 08:34 / atualizado em 04/07/2012 08:48

São Paulo – O ex-ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome e ex-prefeito de Belo Horizonte Patrus Ananias será o candidato do PT à prefeitura da capital. A decisão oficial foi tomada nessa terça-feira por unanimidade pelo comando nacional do partido depois de uma reunião de cerca de três horas com representantes do diretório mineiro. O grupo também anunciou que o candidato a vice na chapa vai ser indicado pelo PMDB e o coordenador da campanha será o vice-prefeito Roberto Carvalho, que havia sido escolhido candidato depois do rompimento com o PSB, na convenção de sábado passado. A troca dos nomes só vai ser oficializada com a confirmação da renúncia de Roberto Carvalho, registrado oficialmente na segunda-feira passada como candidato na Justiça Eleitoral. Ouvido pela reportagem, o vice-prefeito disse apenas que é “homem de diálogo” e que anuncia sua posição oficial  nesta quinta-feira.

Nesta quarta-feira, Roberto Carvalho se reúne em São Paulo com o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, que vem a Belo Horizonte nesta quinta-feira para participar do registro da chapa e da comemoração pelo lançamento da candidatura própria. A indicação do vice está sendo negociada diretamente por Falcão com o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP). Os dois estão em conversa desde terça-feira e até esta quarta-feira devem bater o martelo sobre o nome. O candidato do PMDB a prefeitura, Leonardo Quintão (PMDB), pode renunciar e um novo nome ser indicado.

Conversas


Escolhido em convenção, Carvalho registrou sua candidatura na segunda-feira. Pela legislação eleitoral, o candidato do PT só muda se a candidatura for indeferida, houver renúncia ou morte do nome registrado. Nessa terça-feira, ele passou o dia em conversas com lideranças nacionais, incluindo o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, que ficou de intermediar um encontro com a presidente Dilma Rousseff possivelmente amanhã.

Embora evite falar em deixar a disputa, nos bastidores a saída de Roberto Carvalho é dada como certa. “Sou um homem do diálogo e, acima de tudo, petista. Minha preocupação é com a unidade do PT e vou fazer tudo que for preciso pela vitória do partido”, afirmou o vice. Informado da decisão por Patrus Ananias, Carvalho afirmou ter dito à Executiva Nacional que caberá a ele e a Patrus decidirem juntos quem será o candidato. “O Patrus é meu irmão e estaremos juntos”, disse. O vice-prefeito tomará a decisão depois de conversar também com Rui Falcão e Dilma, e a comissão de mineiros que participou da reunião. “Tenho até quinta-feira para tomar a decisão”, lembrou. Carvalho negou ter pedido a vaga de vice ou outra contrapartida para desistir. “Nunca reivindiquei nada no PT, a única coisa que reivindico é o bem de BH”, afirmou. O vice se considera vitorioso por ter conseguido, enquanto único defensor, emplacar a candidatura própria petista. “Antes todos diziam que eu era louco de defender a candidatura própria. A historia mostrou que eu estava certo”, ressaltou.

O deputado federal Miguel Corrêa Júnior (PT), que já tinha sido indicado pelo partido para ser o vice do prefeito Marcio Lacerda (PSB), candidato à reeleição, também será um dos coordenadores da campanha de Patrus. “O diretório referendou a indicação de Patrus porque acredita que ele é o nome capaz de manter o partido unido e que tem melhores condições de vencer as eleições”, disse Miguel. Falcão garantiu que a candidatura própria é irreversível. “Entendemos isso como um gesto político e não uma simples decisão partidária. Não tem mais volta e estamos unidos para enfrentar essas eleições”, garantiu.

Segundo ele, o rompimento ocorre porque o PSB não cumpriu o acordo firmado com o PT de se coligar com o partido na disputa pelas vagas de vereador. A aliança foi garantida em documento assinado pelo presidente do PSB mineiro, Walfrido Mares Guia. “O rompimento de um acordo em política é gravíssimo”, pontuou o presidente petista. Segundo Rui Falcão, a candidatura própria em Belo Horizonte tem o aval da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma não deve participar da campanha por haver muitos partidos da base aliada na disputa, mas a presença de Lula foi garantida. “O Lula é do PT e, dentro da agenda dele, estará presente na campanha de Belo Horizonte.”

Falcão negou qualquer relação entre o rompimento com o PSB, em Belo Horizonte, e o fato de os socialistas terem decidido não se aliar ao PT em Recife (PE) e Fortaleza (CE). “Não vou classificar o que aconteceu, mas em Recife e Fortaleza havia uma expectativa de continuidade da frente popular que não se consumou. Em Belo Horizonte havia um acordo por escrito que foi rompido.”


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