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Estado de Minas

Bicheiro recorre a psiquiatra

Contraventor é medicado após brigar na prisão e desacatar agente. Defesa diz que a saúde dele se deteriorou e não descarta usar a suposta doença como base para pedido de soltura


postado em 23/06/2012 06:00 / atualizado em 23/06/2012 07:16

Brasília – Preso desde 29 de fevereiro sob a suspeita de comandar um esquema de exploração de jogos ilegais e de fraudes em licitações, o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, está sob efeito de medicamentos psiquiátricos. De acordo com a advogada do bicheiro, Dora Cavalcanti, ele foi atendido ontem por um psiquiatra, que receitou a medicação. Dora não descartou a possibilidade de a suposta doença psiquiátrica servir de argumento para um novo pedido de liberdade, mas, por ora, nada está decidido: “Ainda não sei. Deixe eu tentar entender bem essa situação primeiro”, disse a advogada.

Na quinta-feira, Cachoeira brigou com um colega de cela por conta de uma divergência em relação a um canal de televisão a que ssistiam, relatou a advogada. Depois, ele teria desacatado um agente do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), no presídio da Papuda. O Estado de Minas apurou que, durante a confusão, o contraventor teria xingado o agente e dito que conhece pessoas que poderiam prejudicar inclusive o preso com quem dividia a cela. A confusão ocorreu antes de ele ser transferido da ala federal da Papuda para o setor sob responsabilidade da Justiça do Distrito Federal.

De acordo com Dora, o bicheiro enfrenta problemas de saúde. “O estado dele foi se agravando ao longo do tempo. As outras pessoas foram sendo soltas e a angústia dele aumentou”, disse Dora, referindo-se às recentes decisões judiciais que garantiram a soltura da maioria dos suspeitos que haviam sido presos durante as operações Monte Carlo e Saint-Michel. Na quinta-feira, Cachoeira sofreu dupla derrota, na Justiça federal e na estadual, em decisões contra a concessão de habeas corpus ao bicheiro.

A Polícia Federal não deu detalhes do episódio na Papuda. Informou apenas que o bicheiro foi levado para a superintendência da corporação, onde prestou esclarecimentos por mais de uma hora. Ele poderá responder por desacato, cuja pena varia de seis meses a dois anos de prisão.


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