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Estado de Minas

Marcio Lacerda fala sobre a possibilidade de rompimento entre os partidos que o elegeram


postado em 13/05/2012 07:27 / atualizado em 13/05/2012 08:24

"Eu não posso tomar nenhuma atitude e depois ser responsabilizado pelo rompimento da aliança", afirmou Lacerda (foto: Jackson Romanelli/EM/D.A Press)


Às voltas com o racha vivido no PT, a ameaça de renúncia coletiva dos candidatos a vereador do PSB e as rusgas entre petistas e tucanos, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), já admite um rompimento na aliança entre os três partidos que o elegeram há quatro anos. Na tentativa de evitá-lo, o socialista diz que as articulações políticas serão feitas com “todo o cuidado possível”, até julho, quando deverão ser registradas na Justiça Eleitoral as chapas de candidatos a prefeito e vice e as 41 vagas da Câmara Municipal.

“Eu não posso tomar nenhuma atitude e depois ser responsabilizado pelo rompimento da aliança”, afirmou Lacerda, ao participar de evento no Hospital São Bento, ontem pela manhã. “Se vier a haver um rompimento, não será por ação de nossa parte”, emendou. Questionado sobre o assunto, o prefeito disse, no entanto, que continua acreditando na aliança. “Há muito rumor, fofocas, especulação e muita plantação rasteira, mas o entendimento prossegue entre as pessoas mais responsáveis”, disse, sem citar nomes.

A aliança entre PSB, PT e PSDB tem pelo menos dois elementos de tensão: o primeiro deles gira em torno da disputa para vereador. Enquanto o PT cobra a aliança formal com o PSB para a chapa proporcional, os candidatos da legenda ameaçam não disputar as eleições caso a reivindicação dos petistas seja aceita – sinalização já dada pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão, e estadual do PSB, Walfrido Mares Guia.

Outro ponto é a disputa dentro do PT em torno do candidato a vice-prefeito. Os petistas adiaram uma decisão sobre o nome para compor a aliança até que seja resolvida a chapa proporcional. A dificuldade para chegar a um candidato está nas articulações para as eleições de 2016. É que o próximo vice-prefeito é aquele que ocupará a cadeira de Lacerda caso se confirme a tese de que o socialista deixará a administração municipal em 2014 para disputar o Palácio da Liberdade.

Consequentemente, o vice também seria o candidato natural à reeleição. São eles: o deputado federal Miguel Corrêa Júnior, os deputados estaduais André Quintão e Paulo Lamac, a chefe de gabinete do vice-prefeito Roberto Carvalho, Palova Mendes, o secretário de Obras, Murilo Valadares, o procurador-geral do município, Marco Antônio Rezende Teixeira, o secretário de Política Social, Jorge Nahas, e o engenheiro de carreira da Sudecap Luiz Gustavo Fortini.

Sono Como nenhum tem maioria dentro do PT, começou a ganhar força na sexta-feira o nome do ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e ex-prefeito da capital Patrus Ananias. Marcio Lacerda ironizou o assunto: disse que só perde a noite de sono em caso de dificuldades para cumprir seus compromissos com a administração da cidade. E classificou a discussão política como “natural”, até porque o PT tem muitos nomes qualificados para indicar para vice. Sobre Patrus, disse que ele é “muito qualificado”, mas questionou se sua indicação seria “adequada” para a carreira política do petista.

Marcio Lacerda ainda assegurou que a aliança funciona bem dentro da prefeitura e agradeceu ao senador Aécio Neves (PSDB) e ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, pelo apoio recebido nas eleições de 2008. Perguntado sobre as afirmações de Aécio, de que ele, Lacerda, é uma criação dele, o prefeito limitou-se a dizer que se trata de um “debate entre partidos”. Disse ser tão grato a Aécio e Pimentel que não disputaria o governo de Minas em 2014 sem o apoio de ambos.


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