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Estado de Minas

PPS adere e cobra espaço

Partido oficializa apoio à reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB) e deixa claro que quer ampliar a participação na administração de BH, rompendo a hegemonia do PT


postado em 06/05/2012 08:53

Com a reivindicação de mais espaço na administração e provocações ao PT, o PPS oficializou ontem a desistência de lançar candidato próprio à Prefeitura de Belo Horizonte e aderiu à campanha pela reeleição de Marcio Lacerda (PSB). No encontro municipal do partido, prestigiado pelo prefeito, os dirigentes aprovaram um documento de apoio com suaves críticas e apelam à militância para eleger mais uma vez o socialista. Lacerda falou em revisão dos espaços e desdenhou da dissidência petista.

Assim como o PSDB, o PPS foi vetado pelo PT em resolução do diretório nacional do partido. A maioria do diretório de Belo Horizonte também quis a exclusão dos rivais ao aprovar a aliança com Lacerda, mas sem a presença do PSDB e PPS. No encontro do PPS, os dirigentes fizeram questão de valorizar a adesão dizendo que a legenda não foi para a campanha por um “dedaço”, em referência à indicação do PT nacional para a continuidade da aliança firmada em 2008. “Ninguém que se diz constrangido pede voto. Vamos confortáveis para essa aliança”, reforçou a presidente do PPS mineiro, deputada estadual Luzia Ferreira.

Evitando contabilizar ou apontar demandas, a dirigente cobrou mais espaço para o PPS na administração. “Cada eleição é um novo pacto e esperamos que o prefeito faça uma composição mais equilibrada dos partidos que o apoiaram, principalmente porque o PT não vai unitário, parte dele vai buscar outras alternativas. Isso também deve refletir em uma decisão futura”, afirmou Luzia, se referindo ao racha petista. Apesar da crítica, a parlamentar disse que o PPS não tem problemas em compor com o PT.

O prefeito Marcio Lacerda (PSB) agradeceu o apoio oficial do PPS à sua campanha pela reeleição(foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press )
O prefeito Marcio Lacerda (PSB) agradeceu o apoio oficial do PPS à sua campanha pela reeleição (foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press )

O PPS tem hoje apenas um cargo no primeiro escalão, o do secretário da Regional Nordeste, Jorge Espeschit , e três adjuntos nas secretarias regionais do Barreiro, Noroeste e de Direito e Cidadania. O PT tem a maioria e os principais espaços na administração Lacerda. O presidente municipal do PPS, Geraldo Magela, afirmou que, “por enquanto, é preciso tolerar a presença do PT na chapa”. Para ele, o peso eleitoral do PT influi na composição: “Nossa posição é de extrema crítica ao PT, mas para bem ou para mal, o partido ainda exerce direção sobre uma grande fatia do eleitorado”.

Câmara Na coligação para a chapa de vereadores, o PPS negocia com outras legendas para formar uma coligação. Um problema a menos para o prefeito, que enfrenta a resistência dos pré-candidatos à Câmara Municipal à união com os petistas. O grupo divulgou um documento reclamando do autoritarismo do PSB, que comunicou ao PT a aceitação de se coligar na chapa proporcional sem ouvi-los e contrariando documento de um encontro partidário anterior.

Segundo Lacerda, há tempo para a questão ser resolvida. No entanto, o prefeito se isentou de responsabilidade. “Há uma reação natural porque havia uma decisão de um congresso anteriormente. Então, o partido tem que debater isso com cuidado. Não é uma decisão do prefeito, nem participo da direção”, disse. O socialista também não mostrou preocupação com a dissidência do grupo do PT ligado ao seu atual vice, Roberto Carvalho, com quem é rompido politicamente. “O PT entrou dividido na eleição de 2008 e isso deve ocorrer novamente, mas diria que do ponto de vista da direção e da militância, a maioria está do nosso lado”, afirmou.


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