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Estado de Minas

Petistas querem investigar obras da Delta em SP


postado em 27/04/2012 10:29 / atualizado em 27/04/2012 10:31

A bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo quer investigação sobre os contratos da Delta Construções com o governo estadual. Em requerimento protocolado no Ministério Público, nesta quinta, três deputados da sigla - João Paulo Rillo, Adriano Diogo e Enio Tatto - apontam que obra executada pela empreiteira teve aumento de 75% sobre o valor inicial.

Já está em curso na Promotoria do Patrimônio Público e Social da Capital - braço do Ministério Público que investiga improbidade - um procedimento sobre a obra.

O PT sustenta existência de “possíveis irregularidades e ilegalidade” em contratos formalizados pelo consórcio Nova Tietê integrado inclusive pela Delta, alvo da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

O diretor da Delta para a Região Sudeste, Heraldo Puccini Neto, está foragido - a Justiça em Brasília decretou sua prisão preventiva por envolvimento em suposto esquema de fraude em licitações na área de transporte público do Distrito Federal.

O PT suspeita que o contraventor Carlos Cachoeira é sócio oculto da Delta. Os parlamentares citam reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, que revelou que o custo da Nova Marginal ficou em R$ 1,75 bilhão - 75% acima do estimado no primeiro orçamento, em 2008.

Segundo a representação, seria possível construir 300 escolas ou 7 hospitais de 200 leitos cada com os R$ 750 milhões extras que já foram gastos com a avenida. “Vale ressaltar que, até agora, a obra está incompleta.”

Os deputados ressaltam que outros órgãos públicos do Estado mantêm contratos com a Delta. No período de 2002 a 2012, assinala o requerimento da bancada do PT, a Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), o Departamento de Estradas e Rodagem (DER), o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) fecharam contratos com a Delta que somam cerca de R$ 800 milhões, em valores não corrigidos.

Segundo os deputados, a maior parte desse volume de recursos, R$ 664 milhões, foi celebrada na gestão do ex-governador José Serra e outros R$ 140 milhões, na gestão Geraldo Alckmin (PSDB). “Diante desses fatos, os deputados solicitam que se apurem os indícios de atos de improbidade”, diz a representação.


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