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Estado de Minas

Dívida dos estados: assembleias unificam proposta para Mantega


postado em 17/04/2012 06:00 / atualizado em 17/04/2012 08:25

As assembleias legislativas de 15 estados preparam um documento conjunto para apresentar em Brasília na quinta-feira, em reunião de todos os governadores com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pedindo a renegociação das dívidas estaduais com a União. O texto será resultado de mais uma reunião dos Legislativos ocorrida ontem no Acre para mobilizar a discussão do débito, que se tornou um problema para os cofres dos estados. O encontro em Rio Branco foi marcado por críticas ao descumprimento do pacto federativo.

O presidente da Assembleia de Minas, Dinis Pinheiro (PSDB), classificou os critérios de correção das dívidas estaduais de “perversos e nefastos”. Em Minas Gerais, a sugestão é substituir o Índice Geral de Preços e Disponibilidade Interna (IGP-DI) pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e reduzir a taxa de juros dos atuais – 7,6% ou 6%, dependendo do estado. “Outro pleito é reduzir o percentual de comprometimento da receita. É preciso dar condições aos estados para que promovam mais investimentos públicos”, afirmou Dinis Pinheiro.

O presidente da Assembleia do Acre (Aleac), Elson Santiago, também reclamou das condições atuais dos endividados. “É uma dívida que vai sendo amortizada e nunca é quitada”, disse. A dívida do Acre, na época da renegociação em 1998, era de R$ 570 milhões. Atualmente, alcança R$ 1,8 bilhão. A de Minas era de R$ 14,8 bilhões em 1998 e hoje chegou a R$ 58,6 bilhões. O total devido pelos estados passou de R$ 93,2 bilhões para R$ 369,4 bilhões nos mesmos períodos.

Especialistas em dívida pública que participaram do encontro afirmaram que houve quebra do sistema federativo no momento da assinatura dos contratos com a União. “Feriu o princípio da igualdade, uma vez que os estados, apesar de terem a mesma situação de endividamento à época receberam taxa de juros e limites de comprometimento da receita diferenciados”, afirmou o representante da Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite), João Pedro Casarotto.

Também para o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, Sebastião Helvécio, União, os estados e municípios deveriam estar no mesmo nível, seguindo preceitos constitucionais. “As consequências da forma como se deu o contrato são inadequadas e injustas”, avaliou.

 

 


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