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Estado de Minas

PMDB escolhe um dos maiores críticos ao governo Anastasia para assumir bancada na ALMG

Deputado Sávio Souza Cruz avisa que vai contribuir com o estado na busca de solução para o endividamento


postado em 03/02/2012 06:32 / atualizado em 03/02/2012 06:43

Por falta de quórum, a primeira sessão de votação, que ocorreria ontem no plenário da Assembleia Legislativa, nem chegou a ser aberta (foto: Jackson Romanelli/EM/DA Press)
Por falta de quórum, a primeira sessão de votação, que ocorreria ontem no plenário da Assembleia Legislativa, nem chegou a ser aberta (foto: Jackson Romanelli/EM/DA Press)
O PMDB resistiu, pelo menos por enquanto, ao canto da sereia do Palácio da Liberdade. O governo do estado tentou atrair o partido para sua base na Assembleia Legislativa, mas a estratégia não vingou. Nem mesmo a oferta de pastas importantes e disputadas, como as secretarias da Saúde e a de Transportes e Obras Públicas, seduziu o partido, que, ao lado do PT, PCdoB e PRB, integra a oposição no Legislativo mineiro. Prova disso é que o novo líder do PMDB na Assembleia é o deputado Sávio Souza Cruz, um dos maiores críticos do governador Antonio Anastasia. Ele assume o lugar do deputado Antônio Júlio, pré-candidato à Prefeitura de Pará de Minas, também integrante da ala peemedebista mais contrária ao governo do estado. No início da legislatura, em janeiro de 2011, esses partidos chegaram a formar um blocão de oposição, que acabou dividido no fim do ano passado em função de divergências em relação à condução dos trabalhos.

“Fomos eleitos na oposição e vamos continuar nela”, afirma o deputado federal Antônio Andrade (PMDB), presidente da legenda em Minas. Segundo ele, a orientação é fazer uma “oposição programática”, ajudando o estado em questões consideradas fundamentais, como o endividamento de Minas Gerais, assunto que vai ser debatido pela Assembleia durante seminário a ser realizado nos próximos dias.

Outras mudanças nas lideranças devem acontecer nos próximos dias em função da disputa municipal. O governo terá de mudar o comando da sua base no Legislativo, atualmente nas mãos do deputado estadual Luiz Humberto (PSDB), pré-candidato à Prefeitura de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Um dos cotados para assumir o cargo é o atual líder do PSDB, deputado Bonifácio Mourão. Mas tudo depende das discussões em torno das eleições para Governador Valadares, no Leste mineiro, onde é grande a pressão para que o deputado dispute a prefeitura, que já chegou a ser comandada por ele.

Também pode haver alterações na liderança da maioria, ocupada pelo deputado estadual Gustavo Valadares, que deixou recentemente o Democratas para se filiar ao PSD. O novo partido reivindica uma pasta na reforma que o governador Anastasia pretende fazer até o prazo de desincompatibilização dos secretários que pretendem disputar as eleições este ano. O partido quer uma secretaria de peso e ameaça se manter “independente” caso o pedido não seja atendido. Se isso acontecer, Valadares deve perder o cargo de líder da maioria.

Segurança Pública


Nessa quinta, durante a primeira sessão de votação do Legislativo, não houve quórum. Os deputados da oposição chegaram a se inscrever para falar, mas a base de governo esvaziou a sessão e ela não chegou nem a ser aberta. Os sete vetos do governador a projetos de lei aprovados pelos deputados seriam lidos em plenário, primeiro passo para sua tramitação. Também seria apresentado o projeto com a nova lei orgânica da Polícia Civil, uma das matérias mais polêmicas que devem tramitar este ano.

O presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado João Leite (PSDB), disse que, apesar de o projeto não ter começado ainda a tramitar oficialmente, as divergências em relação ao texto enviado pelo governo esta semana já começaram. Uma das polêmicas é a manutenção do Departamento de Trânsito sob o comando da Polícia Civil e a autonomia para que o Conselho Superior da Polícia Civil tome decisões unilaterais sobre questões que envolvem segurança pública. “Vamos ter de discutir muito esse projeto antes de votar para garantir que a proposta de governo de integrar a ação das polícias seja fortalecida por essa nova lei de organização da Polícia Civil”, defende.


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