O líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), defendeu nesta quinta-feira a extinção da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, no caso de a presidente Dilma Rousseff ignorar a recomendação do colegiado de demitir o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Ele entende que não há motivos que justifiquem a existência de uma comissão de ética sem autoridade diante da presidente da República.
No entender do líder tucano, a única coisa que justificaria a manutenção de Lupi no cargo é a "cumplicidade do governo com os fatos que lhe são imputados, como a cobrança de propina em troca da certidão sindical, emitida pelo Ministério do Trabalho. "Há provas materiais e documentais que autorizam punição rigorosa, como a demissão e a adoção de ações judiciais", destacou.
Sobre a possibilidade de a presidente demitir Lupi apenas na reforma ministerial em janeiro, Álvaro Dias disse que adotar esse procedimento "seria premiar a irregularidade". "Se o governo agir dessa forma, estimula a prática da corrupção, faz prevalecer a impunidade, está sendo omisso e prioriza a cumplicidade". Ele entende que o procedimento "condena também o governo, da mesma forma que o seu ministro".