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Estado de Minas

Pablo Escobar foge da prisão de Envigado


postado em 23/07/1992 07:00 / atualizado em 11/09/2017 16:03

O narcotraficante foge da prisão de Envigado(foto: Polícia Nacional da Colômbia)
O narcotraficante foge da prisão de Envigado (foto: Polícia Nacional da Colômbia)
BOGOTÁ – O líder do cartel colombiano da cocaína de Medellin, Pablo Escobar, continuava desaparecido depois de 600 soldados do Exército colombiano terem dominado ontem uma rebelião no presídio de Envigado, encabeçado por ele e por 14 membros do grupo de traficantes que se encontravam detidos no local.

De acordo com as informações não-oficiais a rebelião foi provocada por uma suposta ordem presidencial determinando a transferência de Escobar para um outro presídio. O parlamentar Rodolfo Segovia revelou que as tropas não localizaram 11 dos 15 membros do quartel detidos em Envigado e afirmou que o governo teme que Escobar esteja morto ou tenha escapado.

Informações difundidas ontem por uma rádio local indicaram que duas pessoas foram mortas e outras três ficaram feridas em consequência de um tiroteio entre soldados e os prisioneiros. As tropas conseguiram libertar o vice-ministro da Justiça, Eduardo Mendonza, o diretor da prisão, Hernando Navas e mais duas autoridades governamentais que foram mantidos como reféns dos amotinados por mais de 19 horas.

Telefonema à rede de rádio RCN um jovem que se identificou como sobrinho de Pablo Escobar revelou que o líder do Cartel de Medellin se encontra refugiado com seus companheiros em um túnel sob a prisão, de onde não deverá sair enquanto as tropas não se retirarem do local.

O suposto sobrinho pediu ainda para que o governo envie à Envigado o padre Rafael Garcia, que serviu como mediador quando Escobar e os demais membros do cartel se entregaram voluntariamente à justiça.

Em uma mensagem pública a Escobar, o padre Garcia disse estar esperando autorização oficial para visitar Envigado e afirmou : “Pablo não chore. Você deve se submeter à lei, que está acima de qualquer consideração. Nós não o destruiremos, nós não o abandonaremos”.

Uma outra emissora de rádio informou que Escobar entrou em contato com sua família através de um telefone celular, anunciando que estaria “disposto a morrer” para evitar a uma transferência para outra prisão.

A transferência de Escobar, que teria provocado o motim , foi cogitada pelas autoridades devido a suspeitas de que no início deste mês o líder do cartel teria determinado o assassinato de 22 pessoas na cidade de Medellin.

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Matéria publicada originalmente no Jornal Estado de Minas em 23 de julho de 1992.

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