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Estado de Minas

Roger Abedelmassih volta a prisão depois de decisão da Justiça

O ex-médico condenado por 489 estupros de pacientes voltou para a Penitenciária de Temembé


postado em 01/07/2017 08:59 / atualizado em 01/07/2017 09:05

O ex-médico estava fora da cadeia há dez dias cumprindo pena domiciliar(foto: Secretaria nacional de Antidrogas do Governo Paraguai )
O ex-médico estava fora da cadeia há dez dias cumprindo pena domiciliar (foto: Secretaria nacional de Antidrogas do Governo Paraguai )

O ex-médico Roger Abdelmassih, de 74 anos, voltou para a prisão na manhã deste sábado depois de uma determinação na Justiça. Uma viatura chegou no apartamento onde ele cumpria pena domiciliar, em Pinheiros, São Paulo, por volta das 6h. De lá, o idoso, que foi condenado por 48 estupros de paciente, foi levado para a Penitenciária de Tremembé.

Condenado a 181 anos de prisão por 48 estupros de 37 pacientes, Abdelmassih tinha conseguido, no último dia 21, o relaxamento do regime fechado por recurso movido junto à 1ª Vara das Execuções Criminais de Taubaté, alegando motivo de saúde. A decisão foi derrubada pelo desembargador José Raul Gavião de Almeida, da 6ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que concedeu limiar com base no pedido do promotor de Justiça Luiz Marcelo Negrini de Oliveira Mattos.

Em seu despacho, o desembargador destacou que, apesar de ser atestado que o ex-médico” é portador de doença coronariana grave com recomendação de tratamento clínico”, isso não o impede de voltar à prisão porque o sistema prisional conta com hospital. Segundo o magistrado, “há notícias de que médicos internados no presídio relataram que Roger Abdelmassih deixou propositadamente, de medicar-se, a tornar duvidosa a criação de situação ensejadora de seu afastamento do cárcere”.

Abdelmassih foi preso no dia 19 de agosto de 2014, no Paraguai. A prisão foi feita por agentes paraguaios da Secretaria Nacional Antidrogas, com apoio da Polícia Federal. Ele era procurado no Brasil, depois de ter sido denunciado por pacientes de cometer estupro em sua clínica de fertilização em São Paulo, entre os anos de 1995 e 2008.

O médico, que era considerado um dos principais especialistas em fertilização no Brasil, foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por crimes de estupro praticados contra 56 mulheres. Ele teve o registro profissional cassado em agosto de 2009.

Apesar da condenação, em novembro de 2010, o médico não foi preso imediatamente em virtude de um habeas corpus concedido pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, em 2009. Em fevereiro de 2011, porém, o habeas corpus foi cassado pelo próprio STF.

Nessa época, porém, Abdelmassih já era considerado foragido da Justiça. Em janeiro de 2011, nova prisão foi decretada pela 16ª Vara Criminal da capital, baseada na solicitação de renovação do passaporte do próprio médico, o que configurava risco de fuga. Ele, no entanto, conseguiu fugir do país e passou a constar na lista de criminosos procurados pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).


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