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Estado de Minas

Professor universitário acusado de assediar alunas é suspenso por 60 dias

Apuração do caso teve início em 2015 depois que algumas alunas denunciaram o professor por meio da campanha #meuamigosecreto, nas redes sociais


postado em 25/04/2017 14:17 / atualizado em 25/04/2017 17:14

Alunas da Faculdade de Comunicação (FAC) acusam o professor de fazer comentários machistas e mandar as alunas ficarem em posições constrangedoras durante as aulas(foto: Carlos Vieira/CB/D.A.Press)
Alunas da Faculdade de Comunicação (FAC) acusam o professor de fazer comentários machistas e mandar as alunas ficarem em posições constrangedoras durante as aulas (foto: Carlos Vieira/CB/D.A.Press)

A Universidade de Brasília (UnB) suspendeu por 60 dias o professor de audiovisual Mauro Giuntini, que lecionava na Faculdade de Comunicação (FAC), após acusações de assédio. O ato, assinado pela reitora Márcia Abrahão, foi publicado na terça-feira da semana passada (18/4) e reconhece que Giuntini infringiu a lei que dispõe sobre o comportamento exigido do servidor público.

Em dezembro de 2015, o Conselho da FAC enviou à reitoria um dossiê com relatos de alunas que teriam sido vítimas dele, em sala de aula. O documento, organizado pelo Centro Acadêmico de Comunicação Social (Cacom/UnB), apresentou relatos de que o docente fazia comentários machistas e obrigava as jovens a ficarem em posições constrangedoras durante atividades da disciplina. As denúncias referem-se a abusos ocorridos em diversos semestres e vieram à tona por meio da campanha #meuamigosecreto, nas redes sociais.

À época, os relatos apontavam que o professor exigia que os alunos ficassem de quatro, como animais, sob justificativa de que a atividade “ajudaria na formação profissional”. Mesmo as estudantes que estavam de saia eram obrigadas a participar da dinâmica. Quando elas manifestavam desconforto em cumprir o que o docente pedia, em razão do traje, ele ignorava os apelos. Em outra aula, segundo o documento, o professor teria comentado, de forma constrangedora, sobre as pernas de uma aluna que estava de short.

Ainda cabe recurso da decisão. Em nota, a Universidade de Brasília diz que prefere não se pronunciar sobre o caso. A reportagem tentou contato com o professor Mauro Giuntini, mas ele ainda não foi encontrado para comentar a suspensão.


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