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Estado de Minas

Garota entra em time de futebol só de meninos após campanha na Internet

Mudança nas regras do torneio ocorreu após familiares da jovem iniciarem uma mobilização nas redes sociais. Secretaria publicou, na última sexta-feira (15/7), uma retificação no regulamento para permitir times mistos


postado em 19/07/2016 15:41 / atualizado em 19/07/2016 15:51

Laura Pigatin, de 12 anos(foto: Reprodução/Facebook)
Laura Pigatin, de 12 anos (foto: Reprodução/Facebook)
Proibida de jogar em um campeonato regional de futebol por ser menina, Laura Pigatin, de 12 anos, conseguiu realizar o sonho de integrar o time depois de uma mobilização nas redes socias. A participação dela havia sido vetada no torneio porque no regulamento da Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo não estava previsto que uma garota pudesse jogar no mesmo time dos meninos.

Titular da equipe da Associação Desportiva, Educacional e Social dos Metalúrgicos (Adesm) na categoria sub 12, do clube de São Carlos, interior de São Paulo, a menina ajudou o time a levar o título municipal deste ano. Porém, tanto ela quanto os pais ficaram decepcionados pelo fato de ela não poder avançar na etapa regional. O pai, Lauro Pigatin, publicou nas redes sociais um texto mostrando a indignação com a situação da filha. O caso repercutiu em todo o país.

A mudança nas regras ocorreu após familiares da jovem iniciarem a campanha #meninaspodemjogar. Além disso, os pais também fizeram uma petição on-line pedindo autorização para que ela participasse das competições. Até o início da tarde desta terça-feira (19/7), o abaixo-assinado contabilizava cerca de 11.400 assinaturas.

Na sexta-feira (15/7), a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo publicou no Diário Oficial do estado uma retificação no regulamento do campeonato, para incluir a participação de meninas dentro da competição. No entanto, mesmo que Laura possa jogar na competição deste ano, a mudança ainda não é definitiva. A secretaria afirma que irá realizar um estudo, apenas em dezembro, para incluir times mistos no torneio. "Espero que não fique por aqui e que os dirigentes do futebol brasileiro revejam esses regulamentos arcaicos e deem o devido apoio e incentivo ao futebol feminino", disse o pai de Laura.

Leia a publicação da secretaria no Diário Oficial:

"Os casos omissos, previstos no Artigo 6º deste Regulamento, serão dirimidos pela coordenadoria de Esporte e Lazer, que após informada pelas Inspetorias e Diretorias Regionais sobre situações atípicas e não expressas, poderá autorizar a participação de atletas, em qualquer categoria e sexo, sempre com embasamento e fundamentação no esporte inclusivo, mecanismo de solidariedade e um dos direitos de formação de atleta."


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