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Estado de Minas

Mulher é presa acusada de comprar recém-nascido por R$ 2,5 mil em Goiás

Polícia Civil investiga se o dinheiro foi transferido para a conta da mãe biológica da criança durante a gestação. Por meio da interceptação de mensagens de texto no aparelho celular da suspeita, agentes encontraram conversas sobre negociações de vendas de mais um bebê


postado em 10/09/2015 14:32

Uma goiana repete a história de Vilma Martins Costa, a empresária moradora de Goiânia que ficou famosa em todo o país por roubar dois recém-nascidos, um deles, Pedrinho, o menino levado da maternidade do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, em 1986. Dessa vez, policiais prenderam uma mulher de 29 anos por comprar um bebê com oito dias de vida. A prisão ocorreu nesta quarta-feira (9/9), em Minaçu, no norte de Goiás.

O delegado responsável pelo caso, Rhaniel de Almeida Pires, conta que a direção de um hospital da cidade, a 400 km de Brasília, informou aos policiais civis da delegacia local que Dian Carla Batista Gonçalves, de 29 anos, estava na unidade médica para fazer exames de rotina no bebê. No entanto, enfermeiros perceberam que ela não aparentava ser mãe de uma criança com menos de um mês de vida.

Após a denúncia, a mulher fugiu do hospital. Mais tarde, ela passou pela Secretaria Municipal da Saúde, atrás de uma consulta para a criança. De novo, profissionais telefonaram à Polícia Civil informando sobre Dian Carla. A suspeita foi localizada com o bebê minutos depois. Com ela, investigadores encontraram diversos comprovantes de depósitos bancários.

Ainda segundo o delegado, a Polícia Civil investiga se o dinheiro foi transferido para a conta da mãe biológica da criança durante a gestação. Por meio da interceptação de mensagens de texto no aparelho celular de Dian Carla, agentes encontraram conversas sobre negociações de vendas de mais um bebê.

A suposta mãe biológica é de Caruaru, em Pernambuco, onde o bebê teria sido comprado por R$ 2,5 mil. Agentes do Setor de Operações da Polícia Interestadual (Polinter) também foram acionados para realizar investigações onde a mulher mora.

Crimes em série

Pedrinho foi levado da maternidade do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, em janeiro de 1986. Mas o paradeiro do jovem e a história da mulher que o sequestrou só foram descobertos em novembro de 2002. Vilma Martins registrou o bebê como seu filho em Goiânia e o batizou de Oswaldo Martins Borges Júnior, mesmo nome do homem que o criou como filho legítimo, morto em decorrência de um câncer um mês antes da polícia brasiliense encontrar o garoto.

Em 1979, Vilma participou do sequestro de outro recém-nascido. Ela registrou como filha legítima Aparecida Fernanda Ribeiro, dando-lhe o nome de Roberta Jamilly. A menina foi roubada em uma maternidade de Goiânia e levada para o interior do estado, onde Vilma simulou um parto com a ajuda de um médico e três enfermeiros, para enganar o industrial goiano Jamal Rassi, que ela dizia ser o pai da menina.

Após a descoberta das duas farsas — a de Roberta veio à tona em janeiro de 2003, por meio de DNA feita a partir da saliva da garota, deixada em uma guimba de cigarro —, Vilma foi presa. Acabou condenada pelo envolvimento nos dois sequestros e na falsificação de procurações que lhe davam amplos poderes sobre os filhos de criação.

Vilma ficou detida na Casa de Prisão Provisória, em Aparecida de Goiânia, por dois anos e sete meses. Hoje, ela está em liberdade, morando em Goiânia, onde também reside Roberta. Casado e com um filho de 2 anos, Pedrinho mora na Asa Norte, em Brasília. Os pais biológicos dele continuam morando em uma casa no Lago Norte.


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