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Estado de Minas

Rio de Janeiro contabiliza mais vítimas de violência


postado em 24/05/2015 08:00 / atualizado em 24/05/2015 11:30

 

Rio de Janeiro – Sete esfaqueados em uma semana. Esse é o saldo desse tipo de violência no Rio de Janeiro, que ganhou repercussão internacional e coloca em xeque a realização das Olimpíadas de 2016 na capital fluminense. Durante a madrugada de ontem, mais um homem foi atacado em São Cristóvão, na Zona Norte, durante um assalto. Alexandre de Lima Ribeiro, de 23 anos, foi atingido no peito por um rapaz que fugiu. Ferido, ele foi levado ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. Testemunhas já prestaram depoimento. Horas antes, um homem de 36 anos que tentou proteger uma jovem de 21 anos que estava sendo assaltada em um ponto de ônibus sofreu o mesmo tipo de violência. Dois adolescentes suspeitos do crime foram apreendidos e reconhecidos pelas vítimas.

De acordo com a Polícia Militar, a mulher estava em um ponto de ônibus na Avenida das Américas quando foi abordada por dois assaltantes. Ela gritou por socorro e o homem tentou defendê-la, sendo agredido por um dos rapazes, que o golpeou nas mãos. A mulher não foi esfaqueada, mas sofreu escoriações ao cair no chão. O caso ocorreu horas depois de a chilena Izidora Ribas Carmona, de 32 anos, sofrer cortes superficiais no pescoço na Praça Paris, na Glória, Zona Sul.

À noite, a Delegacia Especial de Apoio ao Turista (Deat) divulgou o retrato falado do suspeito de esfaquear a chilena. Segundo o delegado Alexandre Braga, a vítima ficou assustada com a repercussão do caso, inclusive na imprensa internacional. Antes de conseguir falar com os pais, que estão no Chile, eles já haviam lido no país sobre o crime. Veículos de imprensa de outros países também noticiaram o caso e destacaram que alguns assaltos foram próximos aos locais que sediarão os Jogos Olímpicos do ano que vem, como a Lagoa Rodrigo de Freitas, onde haverá competições de canoagem. O site do noticiário T13, do Canal 13, da televisão chilena, afirmou: “Cabe destacar que, nos primeiros quatro meses do ano, foram atendidas 167 vítimas de ferimentos por  arma branca nos hospitais do Rio”.

A agência de notícias americana Associated Press disse que a polícia estava reforçando o patrulhamento nas áreas de turismo e de provas das Olimpíadas “depois de uma série de ataques a faca a locais e estrangeiros”. Reportagem da agência France Presse diz que “a série de ataques a faca no Rio põe a Cidade Olímpica em xeque”. A reportagem ressaltou ainda a morte de médico Jaime Gold, esfaqueado na Lagoa Rodrigo de Freitas, num assalto em que foram levadas sua bicicleta e sua carteira. O The Wall Street Journal destacou que “a violência coincide com o recuo na antes florescente economia do Brasil, o que, segundo especialista, resultou ao mesmo tempo em cortes no orçamento da polícia e na redução de oportunidades de trabalho para jovens em situação de risco”.

Uma operação de choque da PM na noite de sexta recolheu 34 facas no subúrbio do Rio. Diante da onda de violência, a Câmara dos Deputados decidiu desengavetar um projeto de lei, apresentado há 11 anos, que criminaliza o porte de arma branca nas ruas. O líder do PMDB na Casa, Leonardo Picciani, pediu o desarquivamento da proposta, protocolada em 2004 pelo deputado Lincoln Portela (PR-MG). O texto deve receber emendas, já que é considerado brando. Em vez de três meses a um ano de detenção e multa, o que abriria brecha para os suspeitos responderem em liberdade, Picciani defende que a pena mínima seja de três anos, de modo que o acusado de porte de facas ou qualquer objeto cortante seja mantido preso. Ele já protocolou um pedido de audiência pública para discutir a matéria.

 


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