Após confrontos no Chapadão, alunos ficam sem aula no Rio

Rio, 05 - Após confrontos entre policiais e criminosos terem deixado, nos dois últimos dias, quatro mortos no conjunto de favelas do Chapadão (Costa Barros, na zona norte do Rio), as escolas da região fecharam por causa da violência. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 1.087 alunos ficaram sem aulas na segunda-feira, 4. Ontem, a Polícia Militar (PM) realizou operações policiais no complexo, que deve ser ocupado para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) a partir do ano que vem. No tiroteio, foi morto o sargento Fábio Sant'ana de Albuquerque, de 30 anos, do Grupamento de Ações Táticas (GAT) do 41º Batalhão.

Suspeitos de ligação com o tráfico de drogas, Wallace da Silva, de 23 anos, e Marlon Saturnino Correia, de 18, também morreram nos confrontos. Silva chegou a ser levado ao Hospital Carlos Chagas (zona oeste), onde morreu. Na manhã de ontem, um homem não identificado até o início da noite foi morto na localidade conhecida como Tiradentes.

Apesar de, segundo a PM, nenhuma incursão ter ocorrido ontem no Chapadão, a situação permanecia perigosa. Em nota, a Secretaria Educação informou que três escolas, uma creche e o Espaço de Desenvolvimento Infantil fecharam "por causa de conflitos na região do Complexo do Chapadão e seu entorno". A Secretaria Estadual de Educação divulgou que as escolas da rede funcionaram normalmente.

Também ontem recebeu alta médica Larissa Vitória Márcia Valério Rodrigues Ferreira, de 7 anos, 12 dias após ter sido baleada no abdome na comunidade Conjunto Esperança, no Chapadão. Ela estava internada no Hospital Municipal Jesus. De acordo com a 31ª Delegacia de Polícia (Ricardo de Albuquerque), agentes seguem em diligências para descobrir quem atirou na menina.

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse na semana passada que ainda não há data para a instalação da UPP, o que deve ser feito após a inauguração de ao menos quatro unidades no Complexo da Maré, na zona norte.