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Estado de Minas

Delegado e perito são presos acusados de extorsão no Rio


postado em 01/04/2015 12:07

Rio de Janeiro, 01 - O delegado Fernando Cesar Magalhães Reis e o perito criminal José Afonso Garcia Alvernaz foram presos na manhã desta quarta-feira, 1º, acusados de integrarem uma organização criminosa na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) que extorquia empresários no Rio. Também há mandado de prisão preventiva expedido contra o policial civil José Luiz Fernandes Alves, que ainda está sendo procurado.

A operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio e a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança já tinha prendido outras sete pessoas, sendo cinco policiais civis.

Segundo informações do Ministério Público, a quadrilha chefiada pelo delegado atuava pelo menos desde 2012, com extorsões que chegavam a R$ 300 mil. No esquema, integrantes das equipes de investigação da DPMA faziam diligências nas sedes das empresas alvo, sob o argumento de estarem verificando denúncias anônimas sobre a prática de crime ambiental. Os agentes apontavam falsas irregularidades e, com isso, pressionavam e ameaçavam o empresário ou responsável pelo local a realizar os pagamentos indevidos.

O perito criminal José Afonso é apontado como responsável por forjar laudos que apontavam crimes ambientais inexistentes. Ainda de acordo com o Ministério Público, a organização criminosa também chegava a sequestrar as vítimas de extorsão e mantê-las como reféns por mais de oito horas enquanto o preço dos resgates era negociado. Os chefes do esquema ficavam com 40% do valor arrecadado e os outros 60% eram divididos entre os agentes que participavam das falsas diligências.

Além desse golpe, chamado pela quadrilha de "pancada", havia uma lista de empresários que eram obrigados a fazer pagamentos fixos de propina, até o dia 10 de cada mês. Os pagamentos da chamada "merenda" muitas vezes eram feitos nas dependências da própria DPMA, segundo as investigações. O valor das propinas mensais variava de R$ 500 a R$ 6 mil, dependendo do porte da empresa.

Parte da investigação foi baseada no sistema de delação premiada de um dos policiais civis lotados na DPMA. Os denunciados vão responder pelos crimes de organização criminosa, extorsão, extorsão mediante sequestro e concussão.


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