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Estado de Minas

Mesmo com ameaça de multa, greve dos caminhoneiros continua no país

Ainda há 61 pontos de bloqueio nas estradas, a maior parte concentrada nos estados da região Sul. Há ainda, interdições em Mato Grosso e São Paulo


postado em 03/03/2015 11:45 / atualizado em 03/03/2015 11:50

Apesar da tentativa de negociação com o governo na tarde de quinta-feira e da determinação do pagamento de multas de até R$ 10 mil, a greve dos caminhoneiros continua em várias partes do país e começa a gerar cenas de conflitos. Ainda há 61 pontos de bloqueio nas estradas, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A maior parte, 51, estão nos estados da região Sul do país: 27 no Rio Grande do Sul, 12 em Santa Catarina e 12 no Paraná. Das outras 10, nove estão em Mato Grosso e uma em São Paulo. Os caminhoneiros protestam contra o aumento do diesel, os custos dos transportes de cargas e as más condições das estradas. Em Três Cachoeiras (RS), na BR-101, soldados da Força Nacional entraram em confronto com manifestantes, para liberar a pista.

O Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados de Santa Catarina(Sindicarne) contabilizou prejuízos de R$ 150 milhões por dia no Grande Oeste catarinense, em setores da agroindústria, de produtos agrícolas e do comércio. Com 75% da produção parada na região, a cada dia de greve, 7 milhões de litros de leite deixam de ser processados e 25 mil suínos e 3,5 milhões de aves deixam de ser abatidos, segundo o Sindicarnes. Cerca de 6 mil veículos estão retidos na região. Por enquanto, os contatos de exportação ainda não foram afetados, mas isso pode ser uma preocupação a mais nos próximos dias.

Até ontem, a BRF contabilizou 15 mil toneladas de carnes retidas no bloqueio, em 500 veículos. A empresa está completamente parada no Sul do país. Além das perdas com carnes, mais de 15 milhões de ovos foram descartados, um prejuízo de mais de R$ 10 milhões. Além disso, mais de 2 milhões de litros de leite deixaram de ser entregues.

O presidente da Associação Catarinense de Agricultores e diretor de agropecuária da BRF, Luiz Stabile conta que as fábricas têm capacidade para apenas três ou quatro dias de operação. Ele conta que no Paraná e em Santa Catarina já existem cidades desabastecidas, sem carne e sem combustível. Para ele, a maior preocupação é não deixarem passar milho e farelo de soja. “Sem farelo de soja, aves e suínos crescem menos, com problema nos músculos e deficiências”, explicou.


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