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Estado de Minas

Homem armado mantém refém em hotel de Brasília

Sequestrador pede a extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti e a aplicação prática da Lei da Ficha Limpa como condições para soltar o refém, que é funcionário do hotel. Ele atirou objetos contra curiosos que estavam ao redor do hotel


postado em 29/09/2014 11:00 / atualizado em 29/09/2014 15:44

(foto: Gustavo Moreno/CB DA Press)
(foto: Gustavo Moreno/CB DA Press)

O prédio do Hotel St. Peter, no Setor Hoteleiro Sul, em Brasília, foi esvaziado, na manhã desta segunda-feira, pelo Corpo de Bombeiros. Segundo o hóspede Ari Ferreira, 39 anos, um homem bateu na porta do quarto em que estava, no 13º andar, e anunciou um ataque terrorista. “Ele algemou um funcionário e colocou um colete de dinamites nele”, contou o administrador de empresas. O homem ainda entrou em outros cômodos e pediu que as pessoas saíssem. Ele informava a todos a necessidade de passar uma mensagem à imprensa.

Somente os hóspedes do 13º andar presenciaram o fato. No entanto, os bombeiros chegaram ao local e solicitaram a saída de todos. No momento, os militares tentam negociar com ele. Embora tenham conseguido retirar as pessoas dos apartamentos e os funcionários, o mensageiro ainda é mantido como refém em um dos quartos.

Já no início da tarde, o clima ainda era de tensão no local. O suspeito jogou dois objetos da janela, o que provocou correria. Depois dos atos, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) aumentou o perímetro de isolamento. Eles isolaram também o prédio dos Correios, em frente ao hotel. A polícia estima que, se a bomba no colete do refém for verdadeira, pode destruir pelo menos três andares, incluindo o 13º, onde o possível terrorista e a vítima estão.

Exigência
O sequestrador pede a extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti e a aplicação prática da Lei da Ficha Limpa como condições para soltar o refém, afirmou o chefe da Divisão de Comunicação da Polícia Civil do Distrito Federal, o delegado Paulo Henrique Almeida.

Segundo o delegado, o criminoso está "reticente" em se entregar e tem feito ameaças constantes de detonar um suposto explosivo. Almeida ainda informou que um dos três negociadores que mantêm contato com o criminoso é especialista em explosivos e está no 13º andar do hotel, onde o caso transcorre. Ele vai tentar saber se o artefato que está com o criminoso é bomba ou não. Almeida pondera, no entanto, que, mesmo sendo uma bomba, o material não tem potencial para destruir o hotel, mas apenas causar danos no andar.

Ainda segundo a Polícia, o criminoso age sozinho. Atuam na inteligência do caso, além da Polícia Civil, agentes da Polícia Militar e da Polícia Federal

Suspeito identificado
O homem que invadiu o hotel e fez ameaças terroristas foi identificado pela Polícia Civil. De acordo com o delegado que comanda a operação, Marcelo Fernandes, o nome dele já foi levantado, mas ainda não pode ser divulgado. Ele ressalta a possibilidade de ter grande quantidade de explosivos no local. “Não conseguimos confirmar porque não temos contato visual com ele. Pelo que conseguimos observar, ele está sóbrio, mas divaga nas ideias”, afirma.

No momento da invasão, havia 300 pessoas no hotel. De acordo com o cozinheiro-chefe, que não quis dizer o nome, o homem teria feito check-in em dois quartos no 10º andar, por volta das 5h desta segunda-feira. Três horas depois, ele teria invadido o primeiro cômodo. Toda a área próxima ao hotel está interditada. O homem bateu nas portas dos quartos e pediu aos hóspedes que deixassem o hotel, pois era uma ameaça terrorista.

O mensageiro do hotel é feito de refém e está vestido com um colete com dinamites e uma mochila nas costas. A todo o momento, o suspeito de terrorismo aparece na varanda de um quarto no 13º andar com a arma apontada para o refém.

Varredura na região

A Polícia Militar faz uma varredura na Rodoviária do Plano Piloto para verificar a possibilidade de ter explosivos no local. Depois do anúncio de um ataquue terrorista na manhã desta segunda-feira (29/9), no Hotel St. Peter, a corporação acionou o esquadrão anti-bombas, que está no terminal.

Durante a manhã, os 50 policiais que fazem a segurança do local já tinham sido avisados da suspeita e revistavam bolsas e banheiros para certificar de que não havia riscos para os passageiros. Até o momento, nenhum objeto suspeito foi encontrado e os policiais continuam o trabalho.

(foto: Soraia Piva)
(foto: Soraia Piva)

 


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