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Estado de Minas

Ouvidoria registra mais denúncias contra policiais de SP

Protestos da Copa do Mundo foi o maior motivo para aumento de violência policial e prisões arbitrárias


postado em 08/07/2014 17:31 / atualizado em 08/07/2014 19:07


Nos 23 dias em que houve Copa do Mundo no Brasil, a Ouvidoria das Policias do Estado de São Paulo registrou 27 queixas de assassinato e outras cinco reclamações de prisões que o órgão considera "arbitrárias ou ilegais". O levantamento entre o dia 12 de junho (abertura da competição) e esta terça-feira, 8, foi feito pelo ouvidor Júlio César Fernandes Neves com base nas reclamações e denúncias que chegam ao órgão.

A análise também foi realizada nos dados do mesmo período do ano passado. De acordo com Neves, entre 12 de junho e 8 de julho de 2013, a ouvidoria registrou 22 denúncias de assassinato. Na época, foram três queixas de prisões arbitrárias. Segundo o ouvidor, a quantidade de mortes aponta que existe a necessidade de mudança nas estruturas das polícias Militar e Civil. "Esses casos sempre são preocupantes, principalmente porque nós e quem denuncia sabemos que foram policiais militares que mataram", afirmou Neves.

Uma das denúncias, de acordo com o órgão, é contra o policial militar Marcelo Aparecido Domingos Coelho, de 43 anos, que assassinou a atriz Luana Barbosa, de 25 anos, no último dia 27, durante uma blitz Presidente Prudente, no interior do Estado. Segundo o ouvidor, o PM responde ao crime em liberdade.

Endurecimento

As cinco reclamações de prisões arbitrárias surgiram após as manifestações contra a Copa do Mundo, a partir da abertura da competição. "A postura da polícia mudou nas manifestações. A atuação é mais arbitrária. Prender advogado dentro do exercício da função aconteceu só durante a Ditadura Militar", disse Neves.

Três advogados foram detidos em atos contra a competição em São Paulo. Um deles, um observador legal do coletivo Advogados Ativistas, foi preso na Avenida Paulista, no último dia 23, acusado de porte de drogas. Ele assinou um termo circunstanciado (crime de menor potencial ofensivo) e foi liberado. No dia 1º de julho, outros dois advogados foram detidos e liberados.

No mesmo protesto do dia 23, o professor Rafael Marques Lusvarghi, de 29 anos, e o técnico laboratorial Fábio Hideki Harano, de 26 anos, foram detidos por policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Eles foram acusados pelo secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, de serem integrantes de grupos de black blocs.


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