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Estado de Minas

Mesmo com greve ilegal, São Luís continua sem ônibus


postado em 02/06/2014 19:49

São Luís, 02 - Treze dias após a deflagração da greve dos rodoviários em São Luís, a Justiça do trabalho declarou o movimento ilegal e autorizou as empresas de transporte de passageiros da capital maranhense a contatar motoristas, cobradores e fiscais substitutos para manter pelo menos 70% dos 1.100 coletivos que fazem o transporte público da capital circulando. A decisão judicial foi tomada pela desembargadora Solange Cristina Cordeiro, que está responsável pelo julgamento da ação de dissídio coletivo ajuizado pelo Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (STTREMA), que representa os rodoviários, em resposta a um pedido impetrado pela prefeitura de São Luís.

Algumas empresas de coletivos da capital maranhense já abriram processo seletivo. Como é o caso da Taguatur, empresa responsável pelas linhas que abastecem a região do Itaqui-Bacanga, uma das regiões mais populosas de São Luís, além de outros dois municípios da ilha - Paço do Lumiar e São José de Ribamar. O processo seletivo para a admissão de novos funcionários que será iniciado nesta terça-feira, 3. Com as novas contratações autorizadas pela Justiça do Trabalho, a expectativa é de que haja radicalização do movimento grevista e é grande a possibilidade de tumulto não só na porta das garagens como também nas ruas de São Luís. Episódio parecido ocorreu em outra greve de rodoviários ocorrida em 2002, quando motoristas e cobradores chegaram a depredar ou furar os pneus de 15 coletivos para evitar que fizessem furassem a greve e efetuassem viagens em meio as negociações salariais.

Com a declaração de ilegalidade da greve pelo menos oito ônibus da empresa 1001 foram para as ruas depois que seus motoristas e cobradores foram convocados a voltar ao trabalho. Os grevistas, no entanto, conseguiram entrar em contato com as tripulações dos coletivos, que voltaram a recolher os ônibus às garagens. Com a atuação das lideranças trabalhistas, a cidade voltou a viver sem ônibus e dependendo apenas do transporte alternativo, fato que está trazendo grande prejuízo para as famílias de São Luís. Para evitar ficar sem os serviços domésticos, a dona de casa Maria Elizabeth Ramos, está pagando moto taxi para transportar sua funcionária.

"Estou com criança pequena em casa e não posso ficar sem a doméstica. Porém o custo está ficando exorbitante. Nestes sete dias de paralisação total já gastei cerca de R$ 350, porque os preços dispararam. Este valor é o dobro do que gasto normalmente no mês para custear o transporte da doméstica", reclamou Maria Elizabeth. Os empresários também começaram a reclamar da situação por meio de suas entidades de representação. No final de semana, A Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomercio-MA), Associação Comercial do Maranhão (ACM), Câmara dos Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL-SL) e Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas do Maranhão (FCDL-MA), publicaram uma nota conjunta criticando o movimento grevista.

"Considerando-se que estamos vivenciando um momento bastante crítico no comércio de uma forma geral, com a elevação da inflação, aumento dos juros, crescimento do endividamento e, por consequência, queda nas vendas ao longo deste primeiro semestre, os empresários estão ainda mais preocupados com os impactos negativos que a greve dos Rodoviários irá causar em suas receitas, gerando consequências gravíssimas na economia da cidade como um todo", dizia a nota.


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