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Estado de Minas

Brasil lança ferramenta para controlar emissões da agricultura


postado em 29/05/2014 17:07

Um grupo de ONGs, institutos e empresas lançou nesta quinta-feira, em Brasília, uma ferramenta para medir e ajudar a controlar as emissões de carbono provenientes da agricultura, uma preocupação crescente no país, grande produtor de alimentos e emissor de gases nocivos à atmosfera.

O setor agropecuário é responsável por 17% das emissões mundiais de carbono. No Brasil, um dos maiores produtores mundiais de carne, açúcar, soja, café e milho, as emissões de gases causadores de efeito estufa provenientes da agropecuária representam 33% do total.

O acordo entre empresas e institutos tem como objetivo divulgar ainda este ano os primeiros inventários de emissões da produção agropecuária e, com eles, "as empresas assumirão metas voluntárias de redução, como já acontece na indústria", disseram os responsáveis em um comunicado.

A metodologia, que é uma adaptação do protocolo GHG já adotado pela indústria, foi promovida pelo americano World Resources Institute (WRI), pela empresa de pesquisas agropecuárias brasileira Embrapa e pela Universidade de Campinas. Ela deve ser a pioneira em nível mundial.

Algumas empresas que já a estão usando são as indústrias produtoras de alimentos Bunge, JBS e AMaggi. "Nossos produtos poderão ser mais competitivos - para sua exportação - com um selo ambiental. O mundo caminha nesta direção", disse o pesquisador da Embrapa Eduardo Assad.

O Brasil é considerado o quinto maior emissor mundial de gases à atmosfera, mas se forem contabilizadas apenas as emissões resultantes das atividades agrícolas, é o segundo atrás da China. Durante décadas, o desmatamento da Amazônia foi, no Brasil, o maior responsável por emissões de gases de efeito estufa. Embora o desmatamento continue sendo um vetor importante de emissões, estas caíram, enquanto as provenientes da agricultura aumentaram 45% entre 1990 e 2012.

A iniciativa coincide com um programa para impulsionar uma agricultura de baixas emissões de carbono, com créditos públicos de 2 bilhões de dólares. O governo brasileiro lançou seu programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) na cúpula do clima de 2009, em Copenhague, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu que antes de 2020 reduziria em 80% o desmatamento da Amazônia e aplicaria metas rigorosas para reduzir as emissões na agricultura, a na indústria e no setor energético.


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