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Estado de Minas

Paralisações dos envolvidos no policiamento da Copa vão ser reprimidas

Para garantir a segurança durante do evento, chefe da AGU afirma que governo vai intervir caso ocorram paralisações


postado em 29/05/2014 08:00 / atualizado em 29/05/2014 08:17

 No Rio, professora é arrastada pelos cabelos por PMs após pichar prédio da Secretaria de Educação(foto: MARCOS DE PAULA/ESTADãO CONTEÚDO)
No Rio, professora é arrastada pelos cabelos por PMs após pichar prédio da Secretaria de Educação (foto: MARCOS DE PAULA/ESTADãO CONTEÚDO)

O ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, em visita ao Senado, disse nessa quarta-feira que a União tem a responsabilidade de garantir a segurança durante a Copa do Mundo e vai atuar para pedir inclusive a indenização, no caso de setores envolvidos no policiamento insistirem em promover manifestações. “A greve ilegal não pode acontecer”, afirmou. Segundo ele, a União vai intervir quando ocorrerem problemas envolvendo Polícia Federal e polícias Militar e Civil dos estados. “A questão de segurança é da União. O país tem a responsabilidade de prover a segurança. Quem praticar essa ilegalidade deverá ser coibido pelo Judiciário e deverá ser responsabilizado financeiramente. É um dos compromissos que o Brasil assumiu com a Fifa, para garantir a segurança do evento”, disse Adams.

O ministro afirmou que greve é um direito, mas ressaltou que há limites. “Vamos fazer – como fizemos em Pernambuco. Greve ilegal não pode acontecer. A greve é um direito, mas é um direito limitado, como todos os direitos são. Você não pode patrocinar greves contrárias à Constituição. Se você o faz, você está dolosamente contra lei e tem que indenizar o Estado e a sociedade pelos ônus”, disse ele. Em relação a greves como dos ônibus, Adams disse que são problemas municipais.

No Rio de Janeiro, o Rio Ônibus, sindicato das empresas de transporte público, informou, por meio de nota, que vai entrar com um pedido no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ) para que o movimento grevista, convocado por um pequeno grupo dissidente de rodoviários, seja considerado abusivo, já que mais uma vez não foram respeitados os princípios e requisitos da lei de greve, como o aviso de paralisação com 72 horas de antecedência.

Ainda conforme a nota, o Rio Ônibus lembra que está em vigor um acordo de reajuste salarial de 10% e de 40% da cesta básica, retroativos a 1º de abril, que já foram pagos neste mês. O TRT já reconheceu, em decisão recente, que o único representante legal da categoria é o Sindicato Municipal dos Trabalhadores Empregados em Empresas de Transporte Urbano de Passageiros (Sintraturb). O índice de aumento concedido é o maior negociado este ano com rodoviários em todo o país.

Movimentos sem-teto protestam em frente à Câmara Municipal de São Paulo(foto: Paulo Whitaker/Reuters)
Movimentos sem-teto protestam em frente à Câmara Municipal de São Paulo (foto: Paulo Whitaker/Reuters)
Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, 80% a 90% da frota de ônibus circularam desde cedo na capital fluminense. Com a presença da Polícia Militar na porta da garagem das empresas desde terça-feira à noite, não se repetiram as cenas de violência de outras paralisações, o que aumentou a sensação de segurança dos rodoviários, que puderam voltar ao trabalho. “A adesão foi fraca porque o empresário pagou R$ 100 para os motoristas tirarem os ônibus das garagens. Aí fim de mês, todo mundo sem dinheiro aceitou”, disse um dos líderes da greve Hélio Alfredo Teodoro, o Hélio da Real, do Sintraturb.

Em São Luís (MA), no sétimo dia de greve, os rodoviários mantiveram 100% da frota nas garagens das 25 empresas de transporte urbano. Uma rodada de negociações entre patrões e empregados, terminou na noite de terça-feira sem acordo. Já em Salvador (BA), a greve da categoria chegou ao fim depois de três dias de paralisação. Segundo o sindicato da categoria, os trabalhadores aceitaram voltar ao trabalho depois que um aumento no valor dos vales-refeição foi autorizado – dos R$ 12 propostos inicialmente pelos empresários do setor, para R$ 14.

Na capital catarinense, Florianópolis, motoristas e cobradores fizeram uma paralisação de 24 horas porque querem impedir a demissão de 300 cobradores com a implantação da catraca eletrônica. Foram disponibilizadas vans para os passageiros nos terminais de ônibus, mas a passagem chega a custar o dobro. A tarifa normal é de R$ 2,60. Com a greve, mais de 800 ônibus deixaram de sair das garagens.

VIGILANTES A audiência pública entre empregados em empresas de vigilância privada do Rio, em greve desde 24 de abril, e representantes patronais realizada na quarta-feira no TRT terminou sem acordo. Com isso, o movimento, que atinge a capital e outros seis municípios, continua. O atendimento bancário está prejudicado, com agências fechadas ou operando sem o recebimento de dinheiro.

Em São Paulo, as principais entidades de classe que representam os policiais militares anunciaram para o dia 4 uma manifestação em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo. Estão sendo convocados policiais aposentados, pensionistas e familiares de PMs de todo o estado. O principal motivo do protesto é o encerramento das negociações por parte do governo para uma reposição salarial. Eles ameaçam entrar em greve, como a que ocorreu em 1988.


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