Os casos de dengue, este ano, na capital paulista mais que triplicaram em relação ao registrado no mesmo período do ano passado, segundo balanço da Secretaria Municipal de Saúde. Foram 6.005 até a 20ª semana, em 2014, e 1.794 casos no mesmo período do ano passado. Em todo o ano de 2013, foram registrados 2.617 casos da doença.
Os números são os maiores observados nos últimos cinco anos, quando as ocorrências chegaram a 3.046. O órgão informou ainda que mais uma morte foi confirmada, totalizando cinco no município. A taxa de incidência da cidade chega a 53,4 casos para cada 100 mil habitantes, considerada baixa, segundo classificação do Ministério da Saúde.
Dos 96 distritos administrativos da cidade, 93 sofrem com a estão em transmissão da dengue. A maior parte (62), no entanto, está em estágio inicial e 27 estão em alerta. Quatro ocupam nível de emergência, dos quais três estão na zona oeste: Jaguaré, com 844 casos e taxa de incidência de 1692,6 (alta); Rio Pequeno, com 425 e taxa de 358,8 (alta); e Lapa, com 365 e incidência de 555,2 (alta). Na zona norte, Tremembé é o distrito em situação de emergência, com 347 casos e incidência de 175,9 (média).
A morte de uma mulher de 33 anos, no dia 24 de abril, foi a última confirmada. Ela morava no bairro Capela do Socorro, na zona sul. A secretaria já havia confirmado quatro mortes por dengue: um homem de 68 anos no dia 11 de abril; duas mulheres, de 34 anos e de 69 anos, no dia 13; e uma criança de 6 anos, no dia 7 de abril. Essas vítimas eram moradoras dos bairros do Jaguaré e do Tremembé, distritos em nível de emergência.
A prevenção da dengue é feita com o combate à reprodução do mosquito transmissor (Aedes aegypti), o que deve ser feito evitando água parada. Entre as ações a que a população deve estar mais atenta, a prefeitura destaca: preencher pratos de vasos de plantas com areia, guardar latas, baldes e potes com a boca para baixo, manter caixas d'águas cobertas, tratar a água de piscinas com cloro, cobrir entulhos ou sobra de obras.