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Estado de Minas

Presos libertam reféns em Aracaju


postado em 19/05/2014 07:15 / atualizado em 19/05/2014 09:21

Detentos são transferidos, depois de terem sua exigência atendida (foto: Jorge Henrique/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Detentos são transferidos, depois de terem sua exigência atendida (foto: Jorge Henrique/Futura Press/Estadão Conteúdo)

Após quase 24 horas, a rebelião de presos no Complexo Penitenciário Advogado Jacinto Filho (Compajaf), em Aracaju (SE), terminou sem feridos graves e nem destruição das dependências do presídio.Os quatro carcereiros que estavam reféns de internos foram liberados no início da tarde de domingo. Os agentes penitenciários terceirizados ficaram por quase 24 horas sob o poder dos presos do Compajaf. Um deles saiu ferido, mas não corre risco de morte.

Segundo a advogada Sandra Melo, porta-voz do Compajaf, o "problema teve início porque 16 sentenciados, que estavam em alas diferenciadas, queriam ser transferidos". "Após as negociações, esses presos foram levados para outras unidades prisionais do Estado", explicou. Ainda conforme a assessora jurídica, todos foram para a emergência médica do presídio por "questão de segurança".

Os parentes dos presos, incluindo mulheres, crianças e idosos, foram mantidos encarcerados também, das 12h do sábado até as 13h30 de ontem, quando o motim foi encerrado após o governo de Sergipe ordenar a transferência de vários dos presos. A rebelião teve início logo após o horário de visita dos familiares aos detentos. A polícia negociou durante todo o dia de anteontem com os reclusos, mas estes se negaram a baixar as armas e a libertar seus reféns, o que levou ao atendimento da reivindicação de transferência.

Exigência A PM mantém em sigilo o local para onde os motinados foram levados. “Prefiro não informar quantos foram transferidos nem para onde eles vão por questões de segurança. Todos os agentes reféns foram soltos, dois deles com ferimentos leves. Os familiares também foram liberados, e nós estamos fazendo uma triagem, conferindo a documentação deles, para que eles possam ir para as suas casas”, afirma o comandante-geral da Polícia Militar de Sergipe, coronel Maurício Iunes. A transferência dos presos foi uma exigência dos rebelados, que também reivindicam melhores condições de tratamento e menos regras para a entrada das visitas.

No total, 126 familiares, entre crianças, mulheres e idosos, que estavam no Compajaf para visitação no sábado só puderam deixar a unidade no fim da rebelião. “Os familiares não são considerados reféns, apesar de terem sido impedidos de sair, porque muitos podem ter ficado para proteger os parentes presos”, explica Iunes. Os agentes da Fundação Reviver foram rendidos no momento em que um deles fechava a Ala D. No tumulto, os presos mataram um cão usado para a revista do presídio.

“Essa rebelião foi mais ordeira e tranquila que a realizada em 2012, que também durou 26 horas. Desta vez conseguimos controlar a situação antes que ela se estendesse para as outras alas. Somente a estrutura da Ala D foi danificada, e 106 detentos se rebelaram”, destaca o oficial. A crise acontece a 26 dias do início da Copa do Mundo e em meio a vários protestos por reivindicações salariais e contra os altos custos do Mundial. Sergipe não está entre as sedes do torneio.

A advogada Sandra Melo explicou que os presos que estavam de forma provisória no presídio e que foram condenados recentemente desejavam a transferência. "Esta é uma penitenciária de segurança máxima, e eles pedem um regime mais flexível. A segurança do presídio, que tem lotação para 428 internos, é totalmente terceirizada e feita pela empresa Reviver”, explicou.


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