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Estado de Minas

Especialistas acreditam que protestos irão diminuir até o início da Copa

Uma das razões para a redução no número de manifestantes aos protestos é o aumento da violência nos atos


postado em 17/05/2014 19:07


Um dia depois das manifestações anti-Copa nas cidades sedes do torneio, o clima de tensão arrefeceu em quase todo o país. A exceção foi Guarulhos (SP), onde cerca de 50 ativistas fecharam uma avenida e dispararam rojões contra a Polícia Militar, que revidou com bombas de efeito moral. Os moradores do Bairro Taboão cobravam melhorias na localidade. O caso isolado reforça a percepção de especialistas de que a temperatura das ruas brasileiras nos próximos 26 dias que antecedem o Mundial não deve esquentar como no ano passado, na Copa das Confederações.

“É praticamente impossível ocorrer protestos iguais aos de 2013. Isso não significa que não vão acontecer, mas serão menos intensos”, enfatiza o professor de sociologia da Universidade de Brasília (UnB) Antonio Flávio Testa. “As manifestações não têm mais aquela adesão maciça do ano passado. Os movimentos mais articulados, esses ainda vão insistir, mas o ambiente festivo da Copa vai desarmar muito os protestos”, complementou o coronel José Vicente da Silva, ex-secretário Nacional de Segurança Pública.

Também especialista em segurança pública, Luis Flávio Sapori, professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais, concorda que, afora o Recife, que viveu um dia caótico devido à greve de PMs, os demais atos de quinta-feira revelaram uma tomada tímida, abaixo das expectativas. No entanto, ele ressalta que muitas categorias profissionais têm se aproveitado do momento. “Não há dúvidas de que manifestantes grevistas estão se aproveitando da proximidade com a Copa para, de alguma maneira, ter mais visibilidade”, disse.

Uma das razões para a redução no número de manifestantes aos protestos é o aumento da violência nos atos. “O vandalismo assustou muito o pessoal que endossava as manifestações, achando que era um espaço pacífico, de ocupar a rua. Esse movimento acabou esvaziado pela ação dos grupos radicais”, analisa o coronel Silva.


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