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Estado de Minas

Haddad pedirá que haitianos cheguem a SP com documentos


postado em 05/05/2014 13:31

São Paulo, 05 - A Prefeitura de São Paulo vai pedir para o governo Federal para que os haitianos sejam mandados do Acre para São Paulo com Carteira de Trabalho, CPF e visto provisório. O pedido será feito diretamente para José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, em uma reunião na tarde desta segunda-feira, 05, em Brasília. "Um planejamento prévio mínimo já dá condições, em função do aquecimento do mercado de trabalho, de colocação desse pessoal. O que temos que garantir é um fluxo razoável, sobretudo a documentação", afirmou o prefeito Fernando Haddad (PT), na manhã desta segunda, durante uma visita à Missão Paz, no Glicério, na região central, entidade que nas últimas semanas tem recebido e abrigado os haitianos. Haddad também passou pelo abrigo emergencial da Prefeitura que será liberado a partir desta terça, 06, e tem espaço para 120 haitianos.

"Se a gente conseguir com que as pessoas venham com a documentação, a possibilidade do fluxo ser mais rápido e ágil é muito maior. O que possibilita a gente conseguir receber mais gente, em uma velocidade maior ainda", afirmou Rogério Sottili, secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, que no último dia 28, criticou a atitude do governo do Acre, dizendo que os haitianos estavam sendo "despejados" em São Paulo. Segundo o secretário, a articulação entre os governos envolvidos, assim como a vinda dos refugiados com a documentação já poderia ter sido feita antes.

"Muita gente entra de forma irregular, então muitas dessas pessoas que estão vindo para cá talvez não passaram por esse processo de identificação. Mas é fundamental que o governo do Acre, a Prefeitura de São Paulo e o governo Federal atuem em conjunto para receber melhor essas pessoas", disse Sottili. Ele irá participar da reunião, nesta tarde, junto com Chico Macena, secretário municipal de governo. "Eu acho que é uma reunião que deveria ter acontecido antes. Teríamos melhorado as condições de recebimento dessas pessoas", disse Sottili. Amanhã haverá uma outra reunião entre a Prefeitura e a Embaixada do Haiti no Brasil. Segundo Haddad, São Paulo irá pedir para que a embaixada crie uma espécie "posto avançado" para que os haitianos que chegam ao Brasil pelo Acre façam a emissão de documentos antes de seguir viagem para a capital paulista.

Desde a último terça-feira o governo do Acre parou de mandar os haitianos para São Paulo. O secretário de Direitos Humanos e Cidadania afirmou que isso foi combinado com o governador Tião Viana (PT) até que houvesse a reunião com o governo Federal. "Naquele momento nós tínhamos aqui 400 imigrantes sem condições nenhuma", afirmou Sottili. "Não chegou mais ninguém. É bem provável que até quarta-feira não deve chegar até ninguém, pelo menos vindo pelo governo do Acre", disse Sottili.

Recrutamento

Antes da chegada do prefeito Fernando Haddad e dos secretários, uma empresa terceirizada da operadora Vivo esteve na Missão Paz para buscar 35 haitianos que irão trabalhar como instaladores. Ao ver os três carros da empresa, um grupo de imigrantes se aglomerou em volta dos veículos para saber do que se tratava. Segundo os recrutadores, que chegaram em três carros no local por volta das 8h, os imigrantes já haviam sido selecionados na semana passada. Apenas os refugiados com a documentação foram levados pela empresa. Caso se adaptem ao treinamento e sejam contratados, os haitianos irão receber salários de R$ 850, com adicional de 30% por periculosidade, hora extra e outros benefícios. Um dos recrutadores afirmou que, caso sejam contratados, existe a possibilidade de promoção dentro da empresa. Alguns dos haitianos que foram levados para o treinamento nesta manhã já tem experiência com instalação e telefonia e também sabem falar português.


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