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Estado de Minas

Cinema brasileiro está de luto pela morte do crítico João Sampaio

Sampaio, de 44 anos, morreu no Recife e realizava a cobertura do festival Cine PE. Causa seria enfarte fulminante


postado em 02/05/2014 11:34 / atualizado em 02/05/2014 11:44

João era uma pessoa extremamente simpática, muito querido entre os amigos e os colegas de trabalho. Além de escrever, colaborava com diversos projetos relacionados a cinema, como filmes e festivais, como curador, jurado e até como ator em pequenas pontas(foto: Sora Maia (Reprodução/ Facebook))
João era uma pessoa extremamente simpática, muito querido entre os amigos e os colegas de trabalho. Além de escrever, colaborava com diversos projetos relacionados a cinema, como filmes e festivais, como curador, jurado e até como ator em pequenas pontas (foto: Sora Maia (Reprodução/ Facebook))

Faleceu, na manhã desta sexta, o jornalista e advogado João Carlos Sampaio. Ele era um dos principais críticos de cinema em atividade no Brasil e atualmente escrevia para o jornal A Tarde, de Salvador.

João morreu no Recife e realizava a cobertura do festival Cine PE. Ele estava no Hotel Internacional Palace, onde ficou hospedado durante a semana. Na madrugada desta sexta, passou mal e foi encaminhado, de táxi, para o Hospital Português. Segundo informações iniciais, teve problemas no coração (enfarte fulminante).

Sampaio era uma pessoa extremamente simpática, muito querido entre os amigos e os colegas de trabalho. Além de escrever, colaborava com diversos projetos relacionados a cinema, como filmes e festivais, como curador, jurado e até como ator em pequenas pontas, como no curta MPB: A história que o Brasil não conhece. Ele era torcedor do Vitória, gostava de rock, era fã de histórias em quadrinhos e odiava a axé music. Realizou a cobertura de 17 das 18 edições do Cine PE e também já veio ao Recife para participar do festival Janela Internacional de Cinema.

João era natural de Aratuípe (Recôncavo Baiano) e tinha 44 anos de idade. Diversos artistas e críticos o homenagearam nas redes sociais. Leia texto escrito pelo cineasta baiano José Araripe em seu Facebook:

João Carlos Sampaio, mais um dos bons que se vai. Os corações estão pregando peças para nos subtrair os amigos. Desde sempre que me entendo por “cineasta” ele esteve perto. Jornalista que optou pelo difícil oficio de viver entre releases, blockbusters e o cinema dos sem críticos. Aos poucos foi fazendo de A Tarde, um jornal mais atento ao cinema nacional. Se tornou um corresponde de guerra – esse mundo cruel de festival – onde sempre esteve Brasil afora. Com um pé no rock’n'roll e olhos no mundo dos HQs, também transitou no mundo underground da contra cultura. João era um querido entre seus pares.

Foi um dos fundadores da Associação de Críticos de Cinema do Brasil.

Em seus artigos sempre mostrou a luta incessante do nosso cinema, do pequenos aos grandes passos. Não era de fazer concessões com suas posições políticas e no facebook quando tratava do tema dos avanços políticos do país, não ficava em cima do muro, nem tampouco comia reggae dos cineastas e amigos coxinhas empedernidos. Seu humor e malemolência de baiano eram marcas registradas.Atualmente cultivava um look neoguevarista pra combinar com os charutos. Deixa uma legião de admiradores e admiradoras,e um monte de alunos que vinham aprendendo com ele, a repensar a tão raquítica critica de cinema na Bahia. Que no Maracanã amanhã por favor se respeite um minuto de silencio por este rubro negoooo de todas as horas.


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