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Estado de Minas

Parentes de vítimas de acidentes no trânsito fazem ato em São Paulo


postado em 13/04/2014 14:51 / atualizado em 13/04/2014 15:01

Um ato em memória de pessoas que morreram em acidentes de trânsito pediu paz e o fim da impunidade na manhã deste domingo (13), na capital paulista. Os parentes das vítimas organizaram, na Praça Vinícius de Moraes, região do Morumbi, apresentações musicais e contações de histórias. O principal homenageado foi Matias Gurbanov, de 26 anos, que morreu próximo dali, no dia 30 de janeiro.

Matias estava em sua motocicleta, a caminho de um clube, onde comemoraria o aniversário da sua mãe. Ele seguia pela Avenida Giovanni Gronchi, na esquina com a Rua Combatentes do Gueto, quando colidiu com o motorista Jacques Nehmetallah Kfouri, que vinha no sentido contrário. Familiares da vítima dizem que o motorista fazia uma conversão proibida.

“Ele [motorista] foi indiciado por homicídio culposo, mas ainda não foi ouvido, dois meses depois do acidente. Ele escapou do flagrante, numa estratégia montada pelo advogado dele, dizendo que tinha histórico de problemas cardíacos”, disse o pai de Matias, Bernardo Gurbanov.

“A gente tem é que lutar por justiça agora. Não se trata de ódios pessoais. Vivemos um momento na sociedade em que ninguém respeita as normas, o código de trânsito, a Constituição e dá nisso. As pessoas têm certeza da impunidade”, acrescentou Bernardo.

Jô Camargo, de 55 anos, também perdeu um filho vítima de acidente de trânsito. A professora universitária conta que um motorista apressado passou por um cruzamento sem olhar e bateu em seu filho, de 21 anos, jogando-o contra um poste. O jovem sofreu traumatismo craniano e morreu cinco dias depois. “Era meu único filho, trabalhador, ia se formar este ano. Eu fiquei sozinha”, diz ela.

Jô conta que encontrou apoio no grupo de mães chamado Acalmando Corações, que se reúne mensalmente, para tentar superar a dor da perda de um filho. O grupo foi criado há 2 anos pelo Movimento Não Foi Acidente . “Não existe, nessa vida, dor maior do que uma mãe perder o seu filho, ainda numa condição dessa, tão súbita, tão inesperada. Meninos tão cheio de vida, tão cheio de propósito, com valores tão arraigados, e a gente fica sem eles”, disse Jô, emocionada.


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