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Estado de Minas

Cubana que abandonou Mais Médicos consegue asilo nos EUA

Médica se desligou de emprego na AMB assim que recebeu afirmativa para asilo nos EUA, que veio antes mesmo do pedido de asilo no Brasil


postado em 01/04/2014 18:13 / atualizado em 01/04/2014 18:24


A médica cubana Ramona Rodriguez, que abandonou o programa Mais Médicos em fevereiro deste ano, pediu demissão do emprego que conseguiu posteriormente na Associação Médica Brasileira (AMB) e embarcou para os Estados Unidos, segundo informou a própria associação nesta terça-feira, 1º. Ramona conseguiu asilo político nos EUA e chegou ontem a Miami.

A cubana veio para o Brasil em outubro do ano passado, pelo programa Mais Médicos do governo federal. Depois de trabalhar em Pacajá, no interior do Pará, ela foi para Brasília e abandonou o programa. Ramona recebeu apoio do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que chegou a levá-la ao plenário da Câmara para denunciar "uso de trabalho escravo" pelo programa e ofereceu seu gabinete como abrigo. A médica ainda entrou na Justiça para reivindicar indenizações por direitos trabalhistas e danos morais, depois de descobrir que profissionais de outros países ganhavam R$ 9 mil a mais do que médicos cubanos.

Após se desligar do programa, Ramona foi contratada pela AMB, por onde foi solicitado seu asilo político no Brasil. Ela aguardava a resposta do governo brasileiro quando recebeu a afirmativa dos EUA. Em nota à imprensa, o presidente da associação, Florentino Cardoso, afirmou que respeita a decisão pessoal da médica. Ele diz ainda que a AMB tentou mostrar que a crítica ao programa é pela forma como os médicos cubanos são contratados e vivem no Brasil.

Em vídeo divulgado pela assessoria da AMB, Ramona confirma que já está em território norte-americano. Ela diz que veio ao Brasil em busca de realização pessoal e para ajudar os necessitados, mas que os médicos cubanos foram enganados. "Nós pensamos que íamos receber o mesmo salário que todos os outros médicos estrangeiros que trabalhavam também nesse programa". Ramona afirma que era vigiada e tinha seu direito de ir e vir desrespeitado.

A médica ainda agradece ao deputado Caiado, à AMB e à imprensa brasileira pelo apoio e atenção dedicados ao problema dos médicos cubanos no Brasil.


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